"Comunicado técnico" enunciado pela Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), faz observações a partir da informação de queda iflacionária de 0,02% avaliada com os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Altas de preço no mês de agosto/2024:
Mamão
Frentes frias que chegaram à região Sul da Bahia e Norte do Espirito Santo ao longo do mês de agosto, resultaram em períodos prolongados com temperaturas amenas e maturação mais lenta de frutos. Oferta ficou limitada, pressionando alta dos preços.
Banana-prata
Quedas na produção e maior incidência de doença, em especial o mal-do panamá, limitaram oferta da fruta que culminou nos aumentos sucessivos nos preços. Instabilidade no clima ao longo dos últimos meses, tendo havido períodos de chuvas intensas, seguido por período de estiagem e temperaturas elevadas, prejudicaram desenvolvimento de cachos e aumentaram a suscetibilidade à ocorrência de doenças.
Café moído
A variação para o café moído é reflexo da valorização do produto no mercado internacional e doméstico diante das apreensões com uma limitação na oferta global. No mercado interno, conforme dados Cepea, o indicador do café arábica teve incremento de 0,8% na média de agosto em relação a julho, enquanto que o indicador do café robusta teve incremento de 5,5% para o mesmo período. O que tem refletido nos preços ao consumidor.
Carne de porco
A oferta restrita de animais para abate e a demanda aquecida (mercado interno e exportação) deram sustentação aos preços do suíno vivo e carne suína, em agosto. Carnes – A menor disponibilidade de boiadas terminadas (entressafra) tem dado sustentação aos preços da arroba do boi gordo e, consequentemente, carne bovina, em agosto.
Em São Paulo, o boi gordo subiu 3,4%, na comparação mensal. No atacado, a carne bovina subiu 3,8%
Queda nos preços
Cenoura
A safra de inverno atingiu patamares superiores de produção em 2024, com bons resultados advindos do clima favorável, com chuvas mais espaçadas, umidade controlada pela irrigação e temperaturas amenas. O reflexo tem sido ampla disponibilidade e preços deflacionados.
Tomate
a concentração de colheita em diversas praças com plantio de inverno, associada a maturação acelerada influenciada pelas altas temperaturas, e escoamento de regiões de cultivo rasteiro, resultam em quedas continuas nos preços. Recuperação nos preços é estimada para meados de setembro e outubro, com menor oferta no período de transição de safra.
Cebola
Incrementos em produtividade e concentração na oferta nas regiões produtoras do Cerrado Mineiro e Goiano, Monte Alto e São José do Rio Pardo (SP) e Nordeste, ampliaram a oferta e pressionaram as cotações. Oferta deverá se manter em bons patamares ainda no mês de setembro.
Hortaliças
Assim como usual para o período de inverno, o mês de agosto foi marcado por bom escoamento de maçarias, hortaliças de cabeça e outras. Movimento é observado frente a períodos de temperaturas mais amenas, somado a menor umidade, reduzindo ocorrência de doenças em especial bacterianas e melhor rendimento no campo.
Energia vai subir
Houve queda no preço da energia elétrica residencial (tanto em áreas rurais quanto urbanas). Este último fator foi possível devido à mudança da bandeira tarifária de amarela, em julho, para verde, em agosto.
No entanto, a partir de setembro, a bandeira tarifária mudou de verde para vermelha nível 1, o que representa acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, conforme informado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Assim, em que pese o alívio no IPCA em agosto, o aumento do preço da energia elétrica em setembro deve gerar uma pressão significativa sobre o indicador, já que a energia elétrica é o segundo item com maior peso no cálculo do IPCA.
Fonte: CNA - Assessoria de Comunicação
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