Na pia, no fogão, na geladeira, na sala, no sofá, a bordo dos automotores, a dona-de-casa sempre foi a melhor SELIC! Denunciou diuturnamente que havia perigo. Mas fizeram ouvidos moucos...ou deram de ombro, como se dizendo que estavam sabendo o que fazer. E repousaram nas péssimas repercussões de uma pandemia que impôs gastos extras e sacrifícios humanos; e, de uma guerra distante, somada ao valor exorbitante do petróleo.
A SELIC da cozinha, falou mais alto que a sabedoria dos burocratas.
Controle estava em mãos erradas. É o industrial, o produtor, o grande e pequeno comerciantes, que comandam tendências. E essas coisas não se mudam, sem muita e paciente conversa. Em vez de armar plateias em grandes eventos de auditórios, donos de super mercados, dirigentes e donos das grandes indústrias e empresas, deveriam ser ouvidos de modo conveniente e sem artimanhas políticas.
Por que os preços dos ovos e do café, mais que dobraram em 12 meses? Definitivamente faltou diálogo correto, humildade, simplicidade. Mas há também comprometimento dos parlamentares, deputados e senadores, que deixaram de agir no tempo certo. Tentam fazer na hora máxima, quando o mal está instalado com a pior das consequências: fome, irmãos brasileiros clamando por falta de comida. Sinceramente... isto é uma enorme vergonha!
Recessão nos EUA
Pandemia
Sejam quais forem os comandos inflacionários, cabe aos homens públicos enfrentar com inteligência, em vez de retardar ações saneadoras das ameaças. Um grupo de pessoas, experientes ou não, falhou no que preocupava as donas-de-casa no momento de administrar o lar, dar de comer os filhos e cuidar de si.
E ao aumentar a taxa de juros de 13,25% para 13,75%, repete o mesmo "esforço" desde 2017. Mas o fantasma inflacionário perdura. E incríveis visionários, que sempre erram, projetam "meta" de 3,5% em 2022. Esquecem o escandaloso 11,89% de junho. Outros "sábios" estão mais sensíveis e visualizam inflação de 7,15%.
Com visões de povo, o Presidente pede socorro enquanto comanda ações que demoram se concretizar. E também leva a culpa, embora tenha um pouco pelos assessores que se cercou.
A SELIC é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em junho, o indicador fechou em 11,89% no acumulado de 12 meses, no maior nível para o mês desde 2015. No entanto, a prévia da inflação de agosto começa a mostrar desaceleração por causa da queda do preço da energia e da gasolina.
O valor está bastante acima do teto da meta de inflação. Para 2022, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5% neste ano nem ficar abaixo de 2%.
No Relatório de Inflação divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia 2022 em 8,8% no cenário base. A projeção, no entanto, está desatualizada e deverá ser revista para baixo por causa das desonerações tributárias sobre a gasolina e o gás de cozinha. A nova versão do relatório será divulgada no fim de setembro.
As previsões do mercado estão mais otimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 7,15%. No início de junho, as estimativas do mercado chegavam a 9%.
A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 1,7% para a economia em 2022.
O mercado projeta crescimento um pouco maior. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 1,97% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) neste ano.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
*Matéria atualizada às 19h00 para acréscimo de informações.
Fonte: Banco Central
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Ótima matéria do noticiário. Explicação minuciosa!