Em 1º de julho a Empresa anunciou reajuste de 3,9% em 15 refinarias, comparado com 1º de junho. Por causa disso os preços do QAV chegaram a 70,6% de 1º de janeiro a 1º de julho. Esse índice quase dobra o aumento do barril de petróleo que naquele dia chegava a 48,4%.
A companhia explicou que os ajustes de preços dos combustíveis de aviação são mensais e definidos por meio de fórmula contratual negociada com as distribuidoras. Em relação ao mercado de ligantes asfálticos, os preços têm reajustes mensais, conforme previsto nos contratos com os distribuidores de asfaltos.
A Petrobras comercializa o querosene e a gasolina de aviação produzidos em pelas refinarias ou importados, apenas para as distribuidoras. “As distribuidoras, por sua vez, transportam e comercializam o produto para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores. Distribuidores e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento.”
Reajustes não batem com passagens
Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR analisa essa questão. “O querosene não é comprado diretamente pelas pessoas, mas quem paga por esse aumento somos nós que compramos bilhete aéreo, pois no Brasil o querosene corresponde, em média, a 40% em média do preço de uma passagem, enquanto a média mundial é de 20 a 24%.” Presidente observa que a disparada do câmbio também impacta nos valores, pois a política de preços da Petrobras dolariza o QAV.
Além disso, Sanovicz cita que outros fatores críticos são a capacidade de consumo das pessoas que viajam a lazer – que não se recuperou totalmente dos efeitos da pandemia – e a capacidade de investimento das empresas de eventos, feiras e negócios, que também não está completamente recomposta. “Porque pagamos no combustível (que é produzido em 96% aqui no Brasil), o mesmo preço da produção de Dubai? Será que todos os custos estão colocados como deveriam?”
Fonte: Agência Petrobras e ABEAR
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