Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, encontrou-se com líderes políticos de ilhas do Pacífico para debater o papel dessas nações na construção de um futuro sustentável. Afirmou que recente adoção dos Objetivos Globais pode chamar a atenção do mundo para a situação da região, extremamente suscetível às mudanças climáticas.
“Vocês falam pelos mais vulneráveis. É por isso que estou contando que vocês vão levantar suas vozes para construir o impulso político e resolver questões pungentes”, afirmou o secretário-geral, dirigindo-se aos governantes de 16 países durante a reunião do Fórum de Ilhas do Pacífico.
Elevação do nível do mar
A região será uma das mais afetadas pela elevação do nível do mar. Desde 2014, governantes se esforçam para implementar um plano de ação que envolve estratégias de combate às mudanças climáticas.
Durante o encontro, Ban Ki-moon lembrou sua visita a Samoa, em 2014, quando pôde conhecer Lepa, cidade que ainda se recupera depois de ter sido devastada por um tsunami em 2009. “Foi um lembrete poderoso do quão gravemente as pequenas ilhas são atingidas por fenômenos climáticos extremos. E foi uma lição séria sobre o quão urgentemente precisamos investir na adaptação e na mitigação das mudanças climáticas”, destacou.
Planos para conter gases
Secretário-geral da ONU elogiou os 147 países que já encaminharam planos de ação para combater as mudanças climáticas à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Dirigente descreveu o envio das propostas como um “primeiro passo positivo” rumo à Conferência do Clima de Paris, em dezembro, quando será firmado um novo acordo universal entre os Estados-membros.
Juntas, as nações que já encaminharam os planos, são responsáveis por 85% das emissões de gases do efeito estufa. Em setembro, apenas 62 países haviam submetido propostas. Apesar dos avanços, 47 estados ainda não mandaram planos de ação. O Brasil já entregou as metas.
Compromisso com o clima
O documento chamado Contribuição Nacional Pretendida Determinada (INDC), contém objetivos que cada Estado está disposto a cumprir para evitar o aumento da temperatura no mundo. Os INDCs vão formar a base do novo acordo global sobre mudanças climáticas, além de informar a Conferência do Clima sobre desafios locais e regionais.
“O acordo de Paris deve ser uma virada decisiva e mandar um sinal em alto e bom som para cidadãos e para o setor privado de que a transformação da economia global é inevitável, benéfica e já está em curso”, destacou o porta-voz do secretário-geral.
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