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Personalidades do mundo apelam pelo pau-brasil em nome da música

Personalidades do mundo apelam pelo pau-brasil em nome da música
[foto] - Arcos de pau-brasil, do livro de Luciana Ferraz

10-11-2025 22:03:06
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Rejeitar a proposta do Governo doi Brasil, que quer mudar a classificação do pau-brasil para o Anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites, na sigla em inglês). É o apelo de 350 personalidades mundiais da música e da cultura, numa campanha nos últimos anos. A decisão vai assegurar que a madeira continue serndo usada para a confecção dos arcos dos instrumentos de cordas. Resultrado final é espeerado para novembro,

 


A proposta de modificar a classificação de uso do pau-brasil, foi apresentada pelo IBAMA, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e será votada na 20ª Conferência das Partes da Cites (COP20), que ocorre entre 24 de novembro e 5 de dezembro, no Uzbequistão.

Caso seja aprovada, a nova regra proibirá quase todo o comércio internacional

da espécie – inclusive de arcos prontos – e exigirá licenças específicas

para músicos que viajam com seus instrumentos, o que pode criar

barreiras logísticas complicadas para turnês e apresentações no exterior.

Artistas e conjuntos de renome mundial pedem à Cites que mantenha o pau-brasil na categoria atual de proteção, alertando para graves impactos na atividade da música clássica e na fabricação de arcos.

Personalidades apelam 

Entre os mais de 350 signatários da petição (clique aqui para acessar a petição) estão nomes como Renaud e Gautier Capuçon, Janine Jansen, Gidon Kremer, Susanna Mälkki, Klaus Mäkelä, Augustin Hadelich, Emmanuel Pahud, Mischa Maisky, Sol Gabetta, Antoine Tamestit, Augustin Dumay, além de quartetos como o Belcea, Chiaroscuro, Debussy e Ébène (clique aqui para acessar a lista). O texto pede aos 184 países signatários da Cites que mantenham o pau-brasil no Anexo II, posição aprovada na conferência anterior, em 2022.

Os artistas argumentam que a medida, caso aprovada, traria consequências graves para a vida musical mundial. “Centenas de milhares de arcos de pau-brasil estão em uso desde o século XVIII”, apontam os signatários, “e restringir sua circulação significaria comprometer a qualidade e a autenticidade das performances.”

Decisão ameaça profissões

A petição também alerta para o risco de extinção da profissão de archetiers, os artesãos especializados na confecção de arcos, que ficariam sem acesso à matéria-prima indispensável ao seu ofício. Segundo o texto, a proibição não contribuiria efetivamente para a conservação da espécie, já que o setor musical utiliza quantidades mínimas de madeira e participa de projetos de reflorestamento e manejo sustentável há mais de duas décadas no Brasil.

Os músicos defendem que o pau-brasil continue listado no Apêndice II, conforme decisão da COP 2022, que já exige certificados de exportação para a madeira e para arcos fabricados no País. Eles também pedem atenção à situação do African blackwood (grenadilha africana), usado na fabricação de instrumentos de sopro, propondo quotas específicas e controladas para seu comércio internacional, a fim de evitar a extinção da espécie.

O manifesto ressalta ainda que a proteção ambiental e preservação da vida musical são objetivos compatíveis.

 

 

Fonte: Revista Concerto
 

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