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Mata Atlântica perde 234 km2 em 2013


27-05-2014 21:22:27
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Aumentou 9% a devastação da mata atlântica no período de 2012-2013. Significa que foram derrubados o equivalente a 235 km2 (quilômetros quadrados). É o que indica estudo divulgado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e realizado pela organização não governamental SOS Mata Atlântica. É o resultado da constante invasão populacional.

 


O pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo Inpe, Flávio Jorge Ponzoni, explicou que o objetivo do atlas é fazer um diagnóstico e não o trabalho de fiscal ou de polícia. “Fazemos um mapeamento global do bioma como um todo. Antes fazíamos a atualização de cinco em cinco anos, depois passamos a fazer a cada dois anos e agora anualmente. Isso torna o Atlas mais eficaz na identificação de áreas desflorestadas”.


Ao todo, 17 Estados são abrangidos oficialmente pela Mata Atlântica, e, pelo quinto ano seguido, Minas Gerais foi um dos estados que mais destruíram o bioma, com perda de 84,3 km² de floresta. “Nas edições anteriores, Minas Gerais ocupou o segundo lugar, então o estado sempre esteve no topo do desmatamento da Mata Atlântica. Desde os últimos anos temos feito alertas tanto ao governo do Estado quanto aos diferentes setores para que possamos tirar Minas Gerais do topo da lista, porque é o estado que possui maior área de floresta preservada”.


A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade, com até 60% das espécies existindo apenas nessa área.  Segundo a SOS Mata Atlântica, a taxa anual de desmatamento registrada neste período é a maior desde 2008, quando foi apontada a perda de 343,1 km² de floresta. Entre 2008 e 2010 a taxa média anual de destruição foi de 151,8 km². Atualmente, restam apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 hectares. Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 hectares, restam 12,5% da área original do bioma, que tinha 1,3 milhão de km² quando o Brasil foi descoberto.


O Piauí aparece em seguida no ranking do desmatamento no período, com menos 66,3 km² de floresta. A Bahia foi o terceiro estado que mais desmatou, com 47,7 km² a menos de vegetação no intervalo avaliado. Em São Paulo, houve queda de 51% no desmate na comparação com o último período. Mesmo assim, o estudo mostra que quase 1 km² de floresta desapareceu entre 2012 e 2013. Nesse período, o Rio de Janeiro registrou perda de 0,1 km².


O diretor de Políticas Públicas da ONG, Mario Mantovani, ressaltou que há exatos 26 anos a Mata Atlântica foi incluída na Constituição como o único bioma que tem uma regulamentação. Entretanto, continua sofrendo pressão do desmatamento.


Segundo Mantovani, há uma contradição entre o cumprimento da lei federal e o crescimento do desmatamento em Minas Gerais e no Piauí porque esses estados não reconhecem a Mata Atlântica como área a ser preservada. “Outro ponto que percebemos foi a expansão urbana. Mas conseguimos uma forma de mobilização prevista na lei, que são os planos municipais. Se o município fizer sua regularização pode identificar como usar cada área”, disse.

 

 

 

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