Números representam mais de 60% da população brasileira. Por isso a preocupação das autoridades, como João Gilberto Lotufo Conejo, suiperintendente de recursos hídricos da ANA, Agência Nacional de Águas. Problemas se concentram na falta de disponibilidade hídrica, com a gradual inexistência de mananciais a serem explorados. Há ainda necessidade de executar grandes obras para captar, tratar e distribuir água.

Governo federal está definindo estudos sobre potenciais abastecedores, com a execução de um Atlas. Trata-se de estudo desenvolvido pela ANA, em parceria com os estados, e com os ministérios da Integração Nacional, das Cidades e da Saúde. O objetivo é identificar alternativas de abastecimento público de água. No caso do Paraná, nesta etapa, o trabalho esteve concentrado nas regiões metropolitanas de Curitiba, Londrina, Maringá e nas cidades de Foz do Iguaçu, Cascavel e Ponta Grossa. No futuro, os estudos devem abranger todas as cidades com mais de 5 mil habitantes.

Entre as informações que integram o Atlas estão as estimativas de demanda por água tratada até o ano 2015, análise dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos que podem ser aproveitados para atender a população, avaliação de sistemas de produção de água, e necessidades de investimentos para atender a demanda.

Maria Arlete Rosa, diretora de Meio Ambiente e Ação Social da SANEPAR, diz que   as informações sistematizadas pelo Atlas “são importantes para subsidiar políticas e diretrizes do governo quanto à proteção dos mananciais atuais e futuros.” Também servirá de base para o processo  de planejamento e implementação das ações. “No Paraná estamos atuando na gestão dos recursos hídricos por bacia e microbacias. Este refinamento das informações vai contribuir para o gerenciamento mais adequado.”

Agora, os técnicos das duas instituições vão continuar trabalhando em conjunto para consolidar o diagnóstico e eleger estratégias de ação. Já foi concluído o Atlas de Abastecimento de Água da Região Nordeste.

A que se propõe o Atlas

• Diagnosticar a situação da oferta de água bruta no conjunto de sedes municipais contempladas no estudo.

• Diagnosticar conflitos de uso da água para abastecimento urbano com as demandas de pólos econômicos relevantes para o desenvolvimento regional.

• Identificar e propor as alternativas técnicas com garantia hídrica para atender às atuais e futuras demandas da população.

• Observar a sustentabilidade hídrica e operacional das obras identificadas.

• Subsidiar o processo decisório para a aplicação de recursos na área de abrangência.

• Determinar as potencialidades e efetivas disponibilidades hídricas, tanto as superficiais como as subterrâneas, bem como as demandas hídricas, e avaliar a pressão sobre os recursos hídricos.

• Avaliar, de forma preliminar, os impactos ambientais decorrentes da implantação das infra-estruturas hídricas selecionadas.