210118 - 15:28:53 horas
Prevenção é não ficar ao ar livre, não entrar em água seja qual for o motivo, permanecer dentro da residência, saber que raios caem no mesmo lugar. Cristo Redentor já foi atingido uma dezena de vezes.
Desde a primavera e durante todo o verão, está aberta a temporada de raios no Brasil, quando caem em território nacional 9 entre 10 raios ocorridos no mundo. A cada 50 mortes por raio no mundo, uma acontece no Brasil.
Para se ter ideia, a descarga gerada por um relâmpago,
tem intensidade 1000 vezes maior que a corrente da
energia que passa por um fio de chuveiro elétrico. As
temperaturas de um raio podem chegar a 30 mil graus
Celsius, 5 vezes mais elevada que a da superfície do Sol.
"A maioria delas [mortes] acontece em campos abertos, como áreas de agricultura, campos de futebol e na praia, principalmente por correntes indiretas dos raios, que vêm pelo chão. O perigo não é só o raio em si, mas a corrente elétrica que pode ser descarregada no solo". Esta antiga explicação é de Osmar Pinto Junior, profissional que pesquuisa raios no País.
A prevenção continua sendo o principal meio para evitar mortes provocadas por raios. Durante as tempestades, deve-se evitar locais altos, não sentar embaixo de árvores ou deitar no chão. A pessoa também deve manter distância de locais com poças de água e objetos que possam conduzir a eletricidade, como linhas de energia e cercas de arame farpado.
Monitoramento por rede
Há no Brasil uma rede de sensores que monitora a ocorrência de raios em todo o território brasileiro, chamada Rede BrasilDAT. Na página da unidade, é possível acompanhar em tempo real os dados coletados por uma centena de sensores espalhados pelo País que detectam a radiação eletromagnética emitida pelos raios.
Governo trabalha para disponibilizar ao público o serviço de previsão de raios com bastante antecedência. A ferramenta foi testada em caráter piloto nos dois últimos verões e está sendo aperfeiçoada pela equipe de pesquisadores para restringir a área de ocorrência das descargas elétricas.
Essa metodologia foi desenvolvida por 10 anos, e aperfeiçoada para se chegar à margem de 15 quilômetros de área, já expandida para mais de 100 km. Com a otimização da ferramenta, o cidadão fica melhor informado.
Como se formam
As tempestades de raios têm maior incidência durante os meses de
primavera e verão por causa do choque de massas de ar com
temperaturas diferentes. O ar fica mais quente e é facilmente
transportado para as camadas superiores da atmosfera. A partir de
5 km de altura, começa formar cristais de gelo no interior das nuvens.
O choque das partículas dentro das brumas, deixa os átomos eletricamente carregados, dando origem a uma faísca que dá início ao raio. À medida que a fagulha se aproxima do solo, inicia-se uma descarga do chão para a nuvem. Quando as duas se unem, acontece o raio.
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