Projeto executivo do Governo do Estado, elaborado pelo Instituto Água e Terra (IAT), prevê estass obras:

1. engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico,
2. estruturas marítimas semirrígidas (2 guias-correntes, sendo um no Canal da Av. Paraná e outro no Canal do Rio Matinhos;
3. Dois Headlands, sendo um no Balneário Riviera e outro no Balneário Florida;  
4. Um Espigão no Pico de Matinhos; 
5. obras em canais de macrodrenagem;
6. redes de microdrenagem,
7. revitalização urbanística da praia e da calçada com o plantio de árvores nativas; 
8. melhorias na pavimentação asfáltica e a recuperação de vias;

Todo o processo está explicado na audiência pública feita antes da licitação: https://we.tl/t-GEcHRwwp2t

Um pouco sobre cada intervenção:

Engorda da faixa de areia:

Realizada ao longo de 6,3 km (do Canal da Avenida Paraná até o Balneário Flórida). Extensão da faixa de areia em até 100 metros de largura.

Já foi realizada 80% da obra (na praia de Caiobá e do Balneário Riviera até o Pico de Matinhos). Atualmente a draga que realiza as obras de engordamento da faixa de areia, encontra-se no balneário Riviera sentido balneário Flórida.

Guias de Correntes:

Fazem parte da macrodrenagem. Estas estruturas têm a função de melhorar a drenagem das águas pluviais, pois elas dão um direcionamento do escoamento para o mar, além de auxiliar a manutenção da areia que será colocada ao longo da orla.

Utilização de tubos de geotêxil preenchidos com areia no interior para diminuir o volume de pedras e, consequentemente, o impacto ambiental.

Tubos de Geotêxtil: estes tubos serão preenchidos com areia da própria praia, tendo duas finalidades principais no núcleo das estruturas marítimas. Primeiro, garante-se uma estabilidade maior do núcleo das estruturas, protegendo-o mesmo em casos que a água passe de um lado para o outro. A segunda vantagem é que a superfície de contato destes tubos é muito maior do que se teria com rochas, o que torna as estruturas mais estáveis.

Tetrápodes: são estruturas pré-moldadas em concreto, que serão colocadas nas pontas das estruturas marítimas, tendo como principal função a dissipação de energia das ondas e garantir a estabilidade destas.

Headlands e espigões:

garantem a segurança na estabilidade da areia da praia.

As obras do espigão no Pico de Matinhos tiveram início em julho e têm previsão de terminar até o final deste ano. Atualmente, cerca de 40% do processo já foi concluído. A implantação do espigão é um processo complexo e começa com a construção dos núcleos, que são compostos por tubos de geotêxtil de alta densidade preenchidos com areia.

Após a execução do primeiro trecho do núcleo da estrutura, é construído o talude de rochas, conforme a declividade do projeto. Esta camada é denominada “carapaça” e é constituída por rochas de diversos tamanhos, aumentando conforme a estrutura adentra em direção ao mar.

Na extremidade das estruturas, em que a ação das ondas é maior, serão colocados tetrápodes para compor a camada de carapaça. Já foram realizadas escavação e dragagem para que sejam implantadas essas estruturas. Por fim, no topo das estruturas, será executada uma camada em concreto ciclópico que irá funcionar como um piso que, posteriormente, será integrado ao projeto paisagístico de revitalização urbanística da orla.

São feitos, também, serviços de escavação e dragagem para que se atinja a cota de fundo das estruturas. Em seguida serão colocados os tapetes de ancoragem que funcionarão como um embasamento para o núcleo, composto pelo mesmo material dos tubos de geotêxtil.

O preenchimento dos tubos de geotêxtil, logo depois, será feito por meio de uma draga - de menor porte, diferente da utilizada na etapa do engordamento - que irá bombear uma mistura de água e areia para dentro do composto que se assemelha a uma bolsa. Nesta etapa, além da draga, serão utilizadas treliças metálicas e guindastes para garantir o perfeito posicionamento do núcleo.

Proteções costeiras:

Bolsas tipo bolsa e colcha para fazer proteção entre a calçada e a praia e dar segurança no caso de ressacas mais severas. Elas protegem a área de paisagismo, a infraestrutura urbana e residências. Atualmente verificam-se pedras ao longo da orla, que foram colocadas como solução paliativa para evitar isso.

Macrodrenagem:

O litoral é muito plano. Temos três saídas principais para o mar: do Canal do Rio Matinhos, do Canal da Av. Paraná e do Canal da Avenida JK. Parte do Canal da JK também vai para o rio Matinhos.

As intervenções no Canal da Avenida Paraná visam aliviar o que vai do Canal da JK para o rio Matinhos, minimizando as cheias de uma grande área, melhorando o escoamento do canal do rio Matinhos. Hoje esse canal está coberto por uma vegetação densa e o escoamento da água é muito lento. Proposta: melhorar a velocidade da água.

Outros quatro canais também desaguam no rio Matinhos: Milone, DNOS II, Rio da Onça e outro sem nome.

Microdrenagem:

melhorar o escoamento nas ruas de Caiobá e Matinhos. Obras com canaletas retangulares para melhorar a declividade do escoamento das águas pluviais. Elas são constituídas com tampas resistentes, que ora são usadas como pista de rolamento, ora como calçadas, além da facilidade de manutenção, pois as tampas são removíveis para facilitar a limpeza.

Em 2000: foi feito isso em duas ruas de Caioba – obras da prefeitura com recursos estaduais. As obras estão lá até hoje e não apresentaram rompimento nenhum, com escoamento e eficiência muito boa, sem enchentes. O local conta com pérgolas, pista de caminhadas – previstos no projeto de paisagismo da Recuperação da Orla de Matinhos.

Revitalização urbanística:

Revitalização vai da Avenida Paraná até o Balneário Flórida por toda a orla com infraestruturas, melhorando a visibilidade e com acessibilidade aos turistas e moradores.

Serão implantadas guias de correntes e headlands.

Entre os guias de correntes haverá passarelas para garantir acessibilidade.

Iluminação toda substituída.

Estacionamento.

Pista de caminhada,

três pistas de grama,

ciclovia, 

passarelas que levam para a praia sem danificar as restingas.

Banheiros, 

chuveiros para duchas.

Pérgolas com local para descanso, dotadas de cobertura de vidro laminadas para evitar os raios solares.

Revitalização com árvores nativa: jerivá, ipê amarelo e angelim rosa.

Projeto em execução, prevê recuperação de 75 mil metros quadrados de restinga (7,5 campos de futebol de restinga), mata que protege a praia.