O projeto executivo do Instituto Água e Terra (IAT) também prevê a construção de guias-correntes no Canal do Rio Matinhos e dois headlands nos balneários Riviera e Flórida. A função do espigão e dos headlands é garantir a estabilidade da areia depositada na praia, oferecendo uma faixa de areia de até 100 metros de extensão. Já os guias-correntes servem para minimizar os impactos das enchentes e alagamentos, especialmente em dias de maior intensidade de chuvas.
As obras do espigão no Pico de Matinhos iniciaram em julho e têm previsão de término até o fim deste ano. Cerca de 40% já foram concluídos. A implantação do espigão é um processo complexo e começa com a construção dos núcleos, que são compostos por tubos de geotêxtil de alta densidade preenchidos com areia.
Após a execução do primeiro trecho do núcleo da estrutura, é construído o talude de rochas. Esta camada, denominada carapaça, é constituída por rochas de diversos tamanhos. Na extremidade das estruturas, em que a ação das ondas é maior, serão colocados tetrápodes para compor a camada de carapaça. Já foram feitas escavação e dragagem para que sejam implantadas.
No topo das estruturas será executada uma camada em concreto ciclópico que funcionará como um piso a ser, posteriormente, integrado ao projeto paisagístico de revitalização urbanística da orla.
São realizados, também, serviços de escavação e dragagem para que se atinja a cota de fundo das estruturas. Em seguida serão colocados os tapetes de ancoragem que funcionarão como um embasamento para o núcleo, composto pelo mesmo material dos tubos de geotêxtil.O preenchimento dos tubos de geotêxtil, logo depois, será feito por meio de uma draga que bombeará uma mistura de água e areia para dentro da estrutura, que se assemelha a uma bolsa. Nesta etapa, além da draga, serão utilizados também treliças metálicas e guindastes para garantir o perfeito posicionamento do núcleo.
Guias-correntes
Os guias-correntes são estruturas construídas em "par", ou seja, possuem os mesmos formatos e materiais dos espigões e headlands, mas não são únicas e sim duas colocadas lado a lado na desembocadura dos canais, permitindo o melhor escoamento da água em direção ao mar e minimizando seus impactos. A do lado Sul possui 207 metros de extensão e a do lado Norte 161 metros.
Entre o par de estruturas, o terreno é aprofundado em cerca de três metros, aumentando a capacidade de escoamento dos canais. Elas complementam as obras de macrodrenagem em andamento no Canal da Avenida Paraná, dentro da cidade e afastado da orla marítima.
As obras no canal já estão 15% concluídas e a previsão é serem finalizadas no próximo ano. Os maiores beneficiados são os moradores, especialmente os do bairro Tabuleiro, que há décadas sofrem com enchentes.
Na orla, a construção dos guias-correntes teve início na última semana de setembro, com as intervenções também na desembocadura dos canais.
Fonte: IAT-SEDEST, Assessoria de Imprensa
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