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Desmatamento de mais de 210 mil km² só nos estados do Pará e MT


17-03-2021 11:23:18
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No Pará o desmatamento atingiu 118.302 quilômetros quadrados (km²) de vegetação nativa da Floresta Amazônica. No Mato Grosso, foram destruídos 93.906 km². São números divulgados agora (210317) pelo Governo Federal com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pesquisados desde o ano 2000 até 2018. Agricultura, pecuária e silvicultura sem os cuidados de sustentação, foram principais responsáveis pela destruição da flora, sem contar prejuízos à fauna e ecossistema.

 


Diz o estudo que a perda de vegetação nativa no Mato Grosso, corresponde à substituição de vegetação florestal por áreas agrícolas, de pastagem com manejo e de mosaicos florestais (áreas caracterizadas por ocupações mistas), e de vegetação campestre por áreas agrícolas e de pastagem com manejo.

Levantamento foi desenvolvido pelo Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, do Instituto.

Durante o período, o Estado do Mato Grosso foi onde houve a maior expansão da área agrícola, com acréscimo de 50.616 km².  Principal fronteira agrícola do País, o Estado foi o segundo entre as unidades da Federação com maior aumento de área de pastagem com manejo, num total de 45.449 km².

.“O maior avanço da área agrícola está no norte de Mato Grosso, na região de Sinop”, informou o responsável pelo monitoramento, Fernando Dias.

Conforme o levantamento, a dinâmica de perda de vegetação nativa no Pará corresponde, principalmente, à substituição de vegetação florestal por áreas de pastagem com manejo e de mosaicos florestais.

De 2000 a 2018, o Pará teve expansão de 83.400 km² de pastagem com manejo, a maior entre os estados. Nesse período, a vegetação florestal também foi substituída por mosaicos florestais em uma área de 58.890 km².

“O Pará tem a característica de ser um estado grande em extensão. Essa substituição da vegetação florestal por pasto com manejo ocorreu principalmente entre 2000 e 2010 na parte leste”, explicou o pesquisador do IBGE.

Bahia, Piauí e Maranhão responderam por 91,74% do aumento de áreas agrícolas no Nordeste de 2000 a 2018, que ocorreu, principalmente, sobre áreas de vegetação campestre na região denominada Matopiba (onde os três estados se encontram e também com o Tocantins).

No mesmo período, São Paulo foi o segundo entre as unidades da Federação com maior acréscimo de áreas agrícolas, com 22.290 km². Em 2018, Minas Gerais apresentava a maior área de silvicultura (principalmente plantio de eucalipto) do país, representando 22,97% do total do território nacional ocupado por essa classe de atividade.

Goiás é o terceiro estado com maior acréscimo de área agrícola do país, com 19.619 km² ,e Mato Grosso do Sul, primeiro entre as unidades da Federação em aumento de área de silvicultura, com 7.545 km².

Da pastagem para agricultura

Segundo o IBGE, a conversão de pastagem com manejo para área agrícola é um método habitual entre os produtores brasileiros. A dinâmica de ocupação em áreas florestais segue uma sequência, primeiro com retirada da vegetação nativa, seguida da implantação de pastagens e, depois de alguns anos, a introdução de áreas agrícolas.

Dias acrescentou que quando a área começa a ter melhor acesso, como uma estrada de terra ou asfaltada, observa-se a introdução da agricultura.

Nas regiões de Cerrado, Caatinga, Pampa, segundo o pesquisador, é possível comum a retirada de vegetação campestre para a implantação mais imediata da agricultura.

Área ocupada produção

Em 2018, as áreas agrícolas ocupavam 40,82% da superfície do estado de São Paulo, 35,99% do Rio Grande do Sul e 35,92% do Paraná. No caso da pecuária, as pastagens com manejo ocupavam 44,79% da área do estado de Goiás, 41,98% de Mato Grosso do Sul e 29,85% de Rondônia em 2018.

Em termos de vegetação nativa, no mesmo ano, os estados que apresentam as maiores proporções de cobertura florestal em relação a sua área total foram Amazonas (91,71%), Acre (86,57%) e Amapá (78,87%). As maiores proporções de vegetação campestre (que inclui a flora típica do Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal) estão em Tocantins (61,73%), Piauí (58,72%) e no Rio Grande do Norte (58,35%).

Esta é a primeira vez que o IBGE divulga a contabilidade do uso da terra para as unidades da Federação, com dados dos anos de 2000, 2010, 2012, 2014, 2016 e 2018.

 

 

Fonte: IBGE - Agência Brasil
 

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