Colaboraram para oferecer o serviço, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a ONU Meio Ambiente e o Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica. O portal recebeu recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e também tem o suporte da plataforma de mapeamento e monitoramento MapX.
Atualmente, muitos países não têm acesso a informações geoespaciais sobre o meio
ambiente por causa da falta de dados ou de capacidade técnica. O Laboratório
preenche essa lacuna, apoiando as nações signatárias da Convenção da ONU
sobre Diversidade Biológica (CDB) no relato de avanços e problemas relativos
à preservação de seu patrimônio natural vivo. Planejadores de políticas públicas poderão
fazer upload de novos dados na plataforma e utilizar estatísticas nacionais em suas análises.
Achim Steiner, administrador do PNUD, lembra que “até 2030, a demanda por comida poderá crescer em 35%, por água, em 40%, e por energia, em 50%”. Avalia que o futuro exigirá soluções capazes de atender a essas necessidades, mas sem comprometer o bem-estar e o funcionamento sustentável dos ecossistemas.
“Ao proporcionar acesso a dados espaciais – incluindo áreas protegidas, espécies ameaçadas, impacto humano em sistemas naturais, bacias hidrográficas para cidades estratégicas e muito mais –, a plataforma empodera formuladores de políticas com as informações necessárias para enfrentar os desafios prementes da conservação da biodiversidade e do desenvolvimento”, acrescenta Steiner.
Para o diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, “o Laboratório de Biodiversidade da ONU é parte vital de nossos esforços contínuos para construir um ecossistema digital de dados planetários, que tenha precisão e seja de fácil uso para países, empresas e cidadãos”.
“Para avançar na agenda do desenvolvimento sustentável, será essencial prover acesso simples e em tempo real aos melhores dados e análises disponíveis para as pessoas e o planeta.”
O acesso ao “big data” para o desenvolvimento sustentável é tema da Declaração sobre
Dados Espaciais da iniciativa Natureza pelo Desenvolvimento. O documento, lançado em
(180627), é aberto para endosso público. Até agora, 20 instituições já apoiam o texto. A
expectativa é de que um número expressivo de países, agências da ONU, ONGs, instituições
acadêmicas e organizações de povos indígenas também subscrevam à declaração.
Em celebração ao lançamento da Declaração de Dados e do Laboratório de Biodiversidade, o PNUD e a ONU Meio Ambiente lançaram um desafio global para os 196 países da Convenção sobre Diversidade Biológica — dobrar o número de mapas utilizados em seus relatórios de progresso nacional para cumprir as metas do documento internacional.
A secretária-executiva da convenção, Cristiana Pasca Palmer, lembrou que os países signatários do mecanismo já reconheceram a necessidade de ferramentas inovadoras para monitorar tendências ambientais e compreender as causas da perda de biodiversidade. A dirigente disse ainda que novas tecnologias, como o laboratório online, ajudarão governos a avaliar as implicações socioeconômicas de diferentes estratégias de conservação.
No futuro, a plataforma da ONU poderá incorporar monitoramento automatizado,
utilizando inteligência artificial para apoiar o planejamento ambiental voltado para
a saúde humana e planetária. O projeto já reúne dados espaciais do Centro de Monitoramento
da Conservação Mundial da ONU Meio Ambiente, da Base de Dados sobre Recursos
Globais (GRID-Geneva), da NASA, de agências da ONU e de outros centros de pesquisa.
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