A vice-chefe das Nações Unidas também chamou atenção para os riscos de
extinção enfrentados pelos grandes felinos, como os leopardos, onças, jaguares,
guepardos, leões e tigres. “Há apenas um século atrás, havia 100 mil tigres selvagens
vivendo na Ásia. Hoje, existem pouco mais de 4 mil”, lembrou Amina, que cobrou
mais compromisso de países e comunidades pela proteção dessas espécies.
“Os grandes felinos são espécies centrais. Protegê-los também significa proteger os vastos habitats em que eles vivem e a ampla variedade de vida que abrigam”, defendeu a dirigente. “A solução para salvá-los, bem como todas as outras espécies ameaçadas ou em perigo, é a conservação baseada na ciência e no Estado de Direito.”
Na avaliação da subsecretária, é necessário um novo paradigma de desenvolvimento, que não considere a conservação da natureza como elemento antagônico ao crescimento econômico.
“As soluções vão além da adoção de leis rigorosas e do estabelecimento de áreas protegidas nacionais. Precisamos de novas formas de parceria entre governos, conservacionistas e comunidades locais para lidar com a conservação da vida silvestre como uma fonte de oportunidades e estabilidade econômica.”
Amina concluiu sua declaração enfatizando que a conservação da vida selvagem é uma “responsabilidade compartilhada” e que todos — consumidores, legisladores e gestores políticos e o setor privado — têm um papel a cumprir na proteção do patrimônio natural do planeta.
Mas a ação deseducada do homem sobre os elementos naturais, está causando
extinção de espécies, destruição e degradação de habitats, mudanças climáticas,
tráfico ilícito de animais e plantas silvestres; e, conflitos entre o homem e o meio
ambiente. “Essas causas também estão associadas aos 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 e não podem ser vistas isoladas”.
Lembrou objetivo nº 1, que prevê a eliminação da miséria.
“A pobreza pode ser a causa da perda de biodiversidade, como vemos com a caça ilegal e o uso insustentável da terra, incluindo a derrubada e queimada de florestas, o comércio ilegal de madeira e o sobrepastoreio”, disse a dirigente. “A perda da biodiversidade, por sua vez, aumenta a pobreza, uma vez que os ecossistemas se esgotam e se tornam incapazes de sustentar vidas e prover meios de subsistência.”
A vice dirigente da ONU defendeu que a comunidade internacional “tem de trabalhar obstinadamente para aprimorar a conservação da biodiversidade e para eliminar a ingerência, o comércio ilícito, a corrupção e o tráfico”. “É por isso que temos o ODS de nº 15, para proteger, restaurar e promover o uso sustentável de ecossistemas terrestres, administrar sustentavelmente as florestas, combater a desertificação e reverter a degradação da terra”, acrescentou.
Não há Comentários para esta notícia
Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internet através do Noticiario, não reflete a opinião deste Portal.