No insdtante oficial da existência do Acordo de Paris para o clima, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) pediu à comunidade internacional que intensifique os esforços para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa. A sugestão é que os países aumentem em 25% a meta de corte das emissões.
Cientistas de todo mundo concordam que limitar o aquecimento global a 2º Celsius neste século,
reduz a probabilidade de tempestades severas; secas mais longas; aumento do nível do mar; e
outros eventos devastadores relacionados ao clima. No entanto, alertam que mesmo uma meta
mais baixa — de 1,5º Celsius, por exemplo — reduziria os impactos, em vez de eliminá-los.
Para o diretor-executivo do PNUMA, Erik Solheim, o mundo está caminhando na direção certa, pois o acordo vai desacelerar as mudanças do clima. Mas ainda não é o suficiente para evitar sérios impactos.
“Se não começarmos a tomar medidas adicionais agora, na próxima reunião do clima em Marraquexe, vamos sofrer com a tragédia humana evitável. O crescente número de refugiados do clima atingidos pela fome, pela pobreza, pelas doenças e conflitos será um lembrete constante da nossa falta de ação”, alertou Solheim.
O PNUMA acredita ser possível cortar emissões nos setores de agricultura e transportes, por exemplo. Iniciativas para a eficiência energética também são bem-vindas, sendo que os investimentos no setor aumentaram 6%, chegando a 221 bilhões de dólares em 2015.
De acordo com a agência da ONU, 2015 foi o ano mais quente do mundo moderno, e os seis primeiros meses de 2016, até agora, bateram todos os recordes anteriores.
Secreetário-Geral da ONU
apela pela determinação dos
povos no cumprimento do acordo sobre o Clima
Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, pediu que a mesma determinação adotada no pacto do clima, seja direcionada para conquistar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
“Continuamos correndo contra o tempo. Mas com o Acordo de Paris e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o mundo tem o plano necessário para adotar um caminho resiliente e de baixa emissão”, disse Ban à imprensa nesta sexta-feira (4) na sede da ONU em Nova York.
“Agora é a hora de fortalecer a determinação global, fazer o que a ciência demanda e aproveitar a oportunidade para construir um mundo mais seguro e mais sustentável para todos”, acrescentou.
No início de outubro, o Acordo de Paris atingiu o patamar mínimo de adoção de 55 países, representando 55% das emissões globais necessárias para ser aplicado. A entrada em vigor foi extremamente rápida, particularmente para um acordo que requer um grande número de ratificações e estabeleceu dois critérios específicos.
Investimentos são necessários
O Acordo de Paris prevê que os países combatam as mudanças do clima, acelerem e intensifiquem suas ações e investimentos necessários para um futuro sustentável e de baixo carbono, e que se adaptem aos crescentes impactos das alterações climáticas.
Também pretende fortalecer a capacidade dos países de lidar com os impactos dessas mudanças, pedindo um aumento dos fluxos financeiros, novas diretrizes tecnológicas e maior capacidade de construção de novos padrões para apoiar as ações dos países em desenvolvimento nesse sentido, em linha com os objetivos nacionais dessas nações.
Em declarações nesta sexta-feira, Ban lembrou que a geração atual é a primeira a sentir os efeitos das mudanças climáticas e a última a ter a chance de evitar as piores consequências. Ele acrescentou que, na última década, uma “ampla coalizão global” para a ação climática — incluindo autoridades governamentais, cientistas, líderes religiosos, executivos e ativistas da sociedade civil mundial — foi formada, reconhecendo que o futuro da humanidade e do planeta estava em jogo.
“Eles tornaram este dia possível”, acrescentou Ban. “O dia de hoje nos mostra que isso é possível, quando unimos forças para nosso futuro comum.”
Adotado por 196 países em dezembro do ano passado na capital francesa, o Acordo de Paris para o clima tem como objetivo central fortalecer a resposta global para a ameaça da mudança climática, mantendo a elevação da temperatura global bem abaixo dos 2 graus Celsius, acima dos níveis pré-industriais, e buscar esforços para limitá-la a 1,5 grau Celsius.
Na segunda-feira (7), a próxima reunião da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), conhecida como COP22, terá início em Marrakesh, no Marrocos.
A entrada em vigor do Acordo de Paris para o clima deve impulsionar os Estados a serem mais ambiciosos em seu compromisso de combater o aquecimento global, disse o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, na quinta-feira (3).
“Um ano atrás, o mundo celebrava a aprovação do primeiro acordo universal e vinculante para o combate às mudanças climáticas, mas há uma clara desconexão entre a declarada ambição do pacto de limitar o aquecimento global a menos de 2 graus e os compromissos que os países fizeram. Essa diferença precisa ser resolvida”, disse Zeid.
“A mudança climática é uma ameaça para todos nós e às futuras gerações, e para a garantia dos direitos humanos agora e nos próximos anos. Um mundo continuadamente aquecido será o túmulo de todos os ecossistemas, populações inteiras — e potencialmente de nações inteiras”, disse o alto comissário da ONU.
“Os últimos três anos foram os mais quentes registrados, o que mostra como é imperativo focar na implementação do Acordo de Paris para garantir que os compromissos que os Estados fizeram para respeitar e promover os direitos humanos e a ação climática sejam cumpridos e aprofundados”, disse Zeid.
161104 - 11:31
Acordo sobre clima é compromisso de reduzir poluição e efeito estufa. Ajude.
Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas, adotado pelos líderes mundiais em dezembro de 2015 na Conferência sobre o Clima em Paris (COP21), já está valendo (161104). Ato solene ocorre pouco antes da abertura da COP22, a ser realizada em Marrakesh entre os dias 7 a 18 de novembro. A humanidade sofre com o aquecimento da Terra causado por gases.
Acordo estabelece um caminho para que todos os países limitem o
aumento da temperatura global e fortaleçam a resiliência aos impactos
inevitáveis da mudança climática. A entrada em vigor do Acordo de
Paris marca o início de um novo capítulo para a humanidade e
demonstra que os países são sérios em lidar com o tema.
Para comemorar este dia histórico às pessoas e ao planeta, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reuniu representantes da sociedade civil para uma conversa na sede da ONU, em Nova Iorque. Grupos, em nome da comunidade têm a oportunidade de compartilhar dirigentes do mundo e das Nações Unidas, contribuições para os objetivos do Acordo de Paris, bem como oferecer visões e preocupações.
A mudança climática é uma prioridade urgente para a
Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), o
fundo do Banco Mundial para os mais pobres.
Sem um desenvolvimento rápido, inclusivo e adaptado
ao clima, as mudanças climáticas poderão resultar em
mais de 100 milhões de pessoas a mais na pobreza até 2030.
161024 - 10:16 horas
Acordo sobre clima vai vigorar já em novembro, anuncia ONU
Depois de conseguir a adesão de 55 países responsáveis por 55% das emissões de gases do efeito estufa, a Organização das Nações Unidas (ONU) está anunciando que o Acordo sobre o Clima começa a valer no dia 4 de novembro de 2016. Informação foi dada pelo próprio secretário-geral Ban Ki-moon que foi o maior entusiasta do controle da poluição global.
Ban Ki-moon disse que o Acordo de Paris sobre a mudança do clima não só alcançou como ultrapassou a segunda meta para entrar em vigor. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) divulgou na página oficial que o tratado conta, a partir de 5 de outubro de 2016, com 73 estados-membros, o que perfaz 56,87% das emissões de gases poluentes. A Índia foi um dos últimos maiores poluidores (4% do total de emissões) a assinar o Tratado de Paris. Outros 12 países entregaram o termo assinado, de adesão.
“Tenho o prazer de anunciar que hoje o Acordo de Paris
vai atravessar seu segundo e último limiar necessário
para a entrada em vigor, e entrará em vigor em 4 de
novembro de 2016”, informou Ban.
“O impulso global para que o Acordo de Paris entre em vigor em 2016 tem sido notável. O que antes parecia impensável agora não pode ser parado”, destacou o secretário-geral. “O forte apoio internacional para o Acordo de Paris entrar em vigor é a prova da urgência para a ação, e reflete o consenso dos governos de que uma cooperação global robusta é essencial para enfrentar o desafio do clima.”
O Acordo de Paris, adotado por 195 partes da UNFCCC
em dezembro em Paris, pede que os países combatam
as mudanças climáticas e acelerem a intensidade das
ações e investimentos necessários para um futuro de baixo carbono.
“Durante a última década, tenho trabalhado incessantemente para unir os países e acelerar a resposta global à mudança climática. Tenho visitado comunidades na linha de frente do clima, do Ártico à Amazônia, e vi como os impactos climáticos já estão devastando vidas, meios de subsistência e as perspectivas para um futuro melhor”, alertou Ban Ki-moon.
“Peço a todos os governos e todos os setores da sociedade que implementem o Acordo na íntegra e tomem medidas urgentes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, reforcem a resiliência do clima e apoiem os mais vulneráveis na adaptação aos impactos climáticos inevitáveis”, acrescentou.
Vínculo paz e natureza
Marcando o Dia Internacional da Não Violência (161002), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, destacou o vínculo entre a não violência, a paz e a natureza.
“Todos os anos, no Dia Internacional da Não Violência, nos comprometemos novamente com a causa da paz, como exemplificado pela vida de Mahatma Gandhi, que nasceu no dia dois de outubro há 147 anos”, disse Ban Ki-moon em sua mensagem para celebrar o dia.
“Nós sabemos que a cultura da não violência começa com o respeito aos outros, mas não acaba por aí. Para cultivarmos a paz, precisamos respeitar a natureza. Estou satisfeito que a data desse ano foque na questão do meio ambiente e da sustentabilidade”, acrescentou.
A mensagem de Gandhi
O dirigente máximo da ONU observou que Gandhi passou a importante mensagem de que “a Terra fornece o suficiente para satisfazer as necessidades de todos, mas não a ganância de todos”, e que precisamos “ser a mudança que queremos ver no mundo”.
Ban elogiou a ratificação do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas por parte da Índia. “Não há melhor maneira de celebrar Gandhi e o seu legado para as pessoas e para o planeta”, disse o secretário-geral, pedindo a todos os países que concluam seus processos internos de ratificação e também se esforcem em todas as atividades para alcançar o progresso através da não violência.
O Dia Internacional da Não Violência marca o aniversário do nascimento de Mahatma Gandhi, líder do movimento de independência da Índia, cuja filosofia e táticas não violentas foram adotadas por muitos líderes de todo o mundo.
A data foi estabelecida em 2007 pela Assembleia Geral da ONU como uma ocasião para “difundir a mensagem da não violência por meio da educação e da conscientização pública”.
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