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Empresas do Brasil começam produzir sem gases do efeito estufa


20-09-2016 21:32:22
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Está em andamento o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), que ajuda empresas a evitar o uso de gases do efeito estufa no processo produtivo. Dá sequência à primeira etapa do projeto, quando foram adaptadas cerca de 400 empresas de espumas de poliuretano. Agora a meta do Governo e ONU será beneficiar cerca de 800 organizações.

 


Representantes do setor privado e organizações internacionais participaram de uma reunião em Brasília (160916) onde se tratou da implementação do Protocolo de Montreal. As ações têm ajuda do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que implementa o Protocolo desde 2012. A parceria entre a ONU e o governo para o tema, porém, já dura quase três décadas.

Para conseguir que a produção deixe de usar os gases poluentes, a ONU presta assistência técnica e operacional ao Ministério do Meio Ambiente para desenvolver estratégias de redução das emissões de HCFCs — substâncias danosas à camada de ozônio.

“Essa cooperação possibilitou a eliminação de 17 mil toneladas de substâncias com potencial de destruição da camada de ozônio e de aquecimento global”, destacou o diretor nacional do PNUD no Brasil, Didier Trebucq. “Sob o aspecto social e econômico, o trabalho que o PNUD vem executando, tem permitido que as pequenas e médias empresas recebam os recursos e assistência técnica do Fundo Multilateral garantindo a sua sustentabilidade econômica”.

Evita a radiação UV

“Graças às ações conjuntas, o excesso da radiação ultravioleta sobre os seres vivos têm sido evitado. Espera-se que a recuperação da camada de ozônio ocorra até a metade deste século”. Foi o que afirmou o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério, Everton Lucero.

O integrante da pasta falou ainda do legado positivo do Protocolo de Montreal para outros tratados internacionais sobre questões ambientais. “Estamos diante de uma história de sucesso que espero sirva de exemplo para outras iniciativas, e possamos ter esse mesmo grau de engajamento com as metas do Acordo de Paris”, disse.

“O acordo do Protocolo é um dos mais bem-sucedidos, ele conseguiu realmente reduzir o impacto sobre a camada de ozônio”, acrescentou o representante-adjunto da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) no Brasil, Clóvis Zapata.

Combater mudanças climáticas

Especialistas le3mbraram no encontro de Brasília, que as substâncias usadas no lugar dos HCFCs são, muitas vezes, propulsoras do efeito estufa e das mudanças climáticas. Entre elas, estão os HFCs, grupo de compostos associados ao aquecimento global. Por isso, os países que integram o Protocolo de Montreal têm monitorado o crescimento acelerado do uso desses substituintes aos tradicionais HCFCs.

“Nossa perspectiva é a adoção de emenda para redução dos HFCs na reunião das partes do Protocolo de Montreal, que acontece em Ruanda em outubro deste ano”. Assim falou o secretário do Ministério das Relações Exteriores, Rafael da Soler.

“Já se definiu que os países em desenvolvimento terão acesso aos recursos do Fundo Multilateral para implementar os projetos de eliminação dos HFCs. Em termos de estrutura do compromisso, é algo que temos muito parecido com o processo de eliminação dos HCFCs”.

No entanto, o objetivo não será a eliminação desses compostos, mas sim a redução do consumo e da produção. “Ainda não temos substituição da substância em todos os setores. Estima-se que será mantido cerca de 15% do uso dos HFCs”.

 

 

 

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