Hábito de fumar está mais concentrado entre pessoas de média e baixa renda. Há estatística evidenciando isso, advertindo que seriam mortes evitáveis. A despeito dos números ainda adversos, governos vem conseguindo êxitos na redução do consumo de tabaco. Iniciativas oficiais e particulares ajudam.
Entre essas iniciativas está a Aliança de Controle do Tabagismo por esforços para promover a adoção da embalagem padronizada de maços de cigarro no Brasil. Receberá por isso, o principal prêmio da Organização PAnamericana da Saúde (OPAS). Recomendação é da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS) e busca restringir ou proibir o uso de logos, cores, imagens da marca ou informações nas embalagens de cigarros. Seriam permitidos apenas os nomes da empresa e do produto em cor e fonte padronizadas.
Argumentos falaciosos
No Brasil, a Aliança de Controle do Tabagismo promove campanhas nas redes sociais e na mídia em defesa desta medida, além de fazer pressão junto ao Congresso Nacional. A ONG também luta para rebater e invalidar argumentos da International Tobacco Growers Association, considerados “falaciosos”.
A Aliança conseguiu o apoio da sociedade civil às embalagens padronizadas e o suporte a outras medidas de controle do tabaco entre membros de associações médicas, grupos de defesa de pacientes com câncer, grupos de saúde da mulher e outros que defendem meios de vida sustentáveis.
Prêmios ao Canadá e EUA
Além da ONG brasileira, dois acadêmicos – um do Canadá e outro dos EUA – vão receber a premiação regional anual da OPAS, World No Tobacco Day 2016.
O professor da Escola de Saúde Pública e Sistemas de Saúde da Universidade de Waterloo, do Canadá, David Hammond, será reconhecido pela experiência na promoção da regulação das embalagens de tabaco. O especialista já atuou junto ao governo da Austrália e à Comissão Europeia, além de defender governos em litígios envolvendo a indústria do tabaco.
Já o norte-americano James F. Thrasher, docente associado da Universidade da Carolina do Sul, será premiado pelas pesquisas sobre embalagens e rotulagens nos produtos derivados do tabaco e os efeitos da comunicação e de políticas de massa na percepção e no comportamento relacionados ao tabagismo.
“Os ganhadores deste ano ajudaram a construir a base de evidências referentes ao impacto dos maços de cigarros e às advertências sanitárias sobre o consumo do tabaco e como a sociedade civil pode ajudar no controle total do tabaco, como aconteceu no Brasil”, explicou a assessora da OPAS, Adriana Blanco.
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