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Estigma e discriminação afugentam os jovens dos exames de AIDs


12-08-2015 22:10:48
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Estigma e discriminação ainda marcam a vida de jovens afetados pelo vírus da AIDs, a despeito do atendimento gratuito no serviço público de saúde. Por isso há suspeita de que o crescimento de infecções esteja ligado às populações vulneráveis como os jovens de 15 a 24 anos de idade. Daí uma campanha que vem de outros países para o Brasil.

 


Já há um trabalho de conscientização e mobilização de em especial os jovens para que compreendam a importância da prevenção, testagem, aconselhamento e tratamento. Sistema de saúde tem uma pesquisa onde está a indicação de que um terço das novas infecções pelo HIV no Brasil atualmente são entre pessoas de 15 a 24 anos.

“O remédio para o preconceito é a informação”, lembra Ruggery Gonzaga, um dos ativistas jovens que fazem parte da chamada Força Tarefa Jovem Zero Discriminação – um grupo que agrega jovens ativistas de direitos humanos, direitos LGBT e da resposta à AIDS com o intuito de promover e implementar ações que possam fortalecer o combate a todas as formas de discriminação.

Sob a coordenação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e com apoio da União Europeia, este espaço de fortalecimento e empoderamento da juventude foi criado em setembro de 2014 e reúne hoje mais de 700 pessoas, a maioria jovens, mas também representantes do governo, da sociedade civil e de outras agências e programas da ONU.

As ações do grupo incluem a apropriação de espaços de compartilhamento de saberes juvenis, como as mídias e redes sociais, para promoção de informações sobre HIV/AIDS, além da sensibilização e conscientização nas temáticas relacionadas à diversidade.

“O jovem de hoje faz parte de uma geração que nunca teve tanto acesso à informação e, ao mesmo tempo, ele não está sendo capacitado para filtrar, interpretar e usar toda esta informação para fazer escolhas de vida saudáveis”, diz Georgiana Braga-Orillard, diretora do UNAIDS no Brasil. “O UNAIDS, com o apoio dos diversos organismos da ONU, tem trabalhado para mudar esta realidade, empoderando a juventude para o ativismo construtivo, para que ela não apenas se informe, mas também lute pelos seus direitos e por um país livre do preconceito e da discriminação.”

 

Saúde e juventude

Engajados em suas comunidades, os jovens da Força Tarefa atuam em rede na defesa por um sistema de saúde público melhor. O Estatuto da Juventude estabelece que os jovens devem ter garantidos seus direitos à saúde em uma perspectiva integral e à qualidade de vida, considerando suas especificidades, mas ainda observa-se muitos obstáculos na efetivação desses direitos, especialmente entre jovens vivendo HIV.

O ativista Ari Gonçalvez lembra que o protagonismo juvenil é essencial na resposta à AIDS. “A gente precisa saber como abordar um jovem e, na maioria das vezes, não é um adulto que vai conseguir chegar no jovem”, disse Gonçalvez.

Combatendo o estigma

Campanha, criada pela Força Tarefa Jovem, em virtude do debate sobre criminalização do HIV como crime hediondo.

Campanha, criada pela Força Tarefa Jovem, em virtude do debate sobre criminalização do HIV como crime hediondo.

Outro pilar da Força Tarefa é a promoção da tolerância, compaixão e paz. Baseado na iniciativa #ZeroDiscriminação do UNAIDS, o grupo tem realizados diversas ações locais e campanhas nas mídias sociais com o intuito de promover o respeito a diversidade e combater atos discriminatórios, que impedem o exercício de uma vida plena, digna e produtiva.

O Direito à Diversidade e à Igualdade é um dos 11 de direitos previstos no Estatuto da Juventude. Segundo o documento, os jovens não podem ser discriminados por sua etnia, raça, cor, cultura, origem, idade, sexo, orientação sexual, idioma, religião, opinião, deficiência e condição social ou econômica.

A promoção do respeito a toda esta diversidade e a zero discriminação somente poderão ser alcançadas com a efetiva inclusão dos e das jovens nos espaços de participação social, por isso iniciativas como o Força Tarefa Jovem são fundamentais.

 

 

Fonte: ONU - UNAIDS
 

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