Já há um trabalho de conscientização e mobilização de em especial os jovens para que compreendam a importância da prevenção, testagem, aconselhamento e tratamento. Sistema de saúde tem uma pesquisa onde está a indicação de que um terço das novas infecções pelo HIV no Brasil atualmente são entre pessoas de 15 a 24 anos.
“O remédio para o preconceito é a informação”, lembra Ruggery Gonzaga, um dos ativistas jovens que fazem parte da chamada Força Tarefa Jovem Zero Discriminação – um grupo que agrega jovens ativistas de direitos humanos, direitos LGBT e da resposta à AIDS com o intuito de promover e implementar ações que possam fortalecer o combate a todas as formas de discriminação.
Sob a coordenação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e com apoio da União Europeia, este espaço de fortalecimento e empoderamento da juventude foi criado em setembro de 2014 e reúne hoje mais de 700 pessoas, a maioria jovens, mas também representantes do governo, da sociedade civil e de outras agências e programas da ONU.
As ações do grupo incluem a apropriação de espaços de compartilhamento de saberes juvenis, como as mídias e redes sociais, para promoção de informações sobre HIV/AIDS, além da sensibilização e conscientização nas temáticas relacionadas à diversidade.
“O jovem de hoje faz parte de uma geração que nunca teve tanto acesso à informação e, ao mesmo tempo, ele não está sendo capacitado para filtrar, interpretar e usar toda esta informação para fazer escolhas de vida saudáveis”, diz Georgiana Braga-Orillard, diretora do UNAIDS no Brasil. “O UNAIDS, com o apoio dos diversos organismos da ONU, tem trabalhado para mudar esta realidade, empoderando a juventude para o ativismo construtivo, para que ela não apenas se informe, mas também lute pelos seus direitos e por um país livre do preconceito e da discriminação.”
Saúde e juventude
Engajados em suas comunidades, os jovens da Força Tarefa atuam em rede na defesa por um sistema de saúde público melhor. O Estatuto da Juventude estabelece que os jovens devem ter garantidos seus direitos à saúde em uma perspectiva integral e à qualidade de vida, considerando suas especificidades, mas ainda observa-se muitos obstáculos na efetivação desses direitos, especialmente entre jovens vivendo HIV.
O ativista Ari Gonçalvez lembra que o protagonismo juvenil é essencial na resposta à AIDS. “A gente precisa saber como abordar um jovem e, na maioria das vezes, não é um adulto que vai conseguir chegar no jovem”, disse Gonçalvez.
Combatendo o estigma
Campanha, criada pela Força Tarefa Jovem, em virtude do debate sobre criminalização do HIV como crime hediondo.
Outro pilar da Força Tarefa é a promoção da tolerância, compaixão e paz. Baseado na iniciativa #ZeroDiscriminação do UNAIDS, o grupo tem realizados diversas ações locais e campanhas nas mídias sociais com o intuito de promover o respeito a diversidade e combater atos discriminatórios, que impedem o exercício de uma vida plena, digna e produtiva.
O Direito à Diversidade e à Igualdade é um dos 11 de direitos previstos no Estatuto da Juventude. Segundo o documento, os jovens não podem ser discriminados por sua etnia, raça, cor, cultura, origem, idade, sexo, orientação sexual, idioma, religião, opinião, deficiência e condição social ou econômica.
A promoção do respeito a toda esta diversidade e a zero discriminação somente poderão ser alcançadas com a efetiva inclusão dos e das jovens nos espaços de participação social, por isso iniciativas como o Força Tarefa Jovem são fundamentais.
Fonte: ONU - UNAIDS
Não há Comentários para esta notícia
Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internet através do Noticiario, não reflete a opinião deste Portal.