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Recorde de cesareanas do Brasil preocupa Organização Mundial da Saúde


14-04-2015 21:20:22
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Chega a 84% o número de partos feitos com cesariana nos hospitais e clínicas do Brasil que atendem pelo sistema privado de saúde. Na rede pública o índice fica em 40%. São exageros que preocupam a comunidade médica internacional. Por isso a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem atuando a fim de que cesáreas não passem do ideal que é 15%.

 


A OMS lançou uma nova declaração sobre as taxas de cesáreas. Após estudos científicos, conclui no documento, que as cesáreas são efetivas para salvar vidas de mães e crianças quando bem indicadas e feitas em ambiente seguro. Mas adverte que não há benefícios, porém muitos riscos ao se fazer cesáreas quando não existem evidências da necessidade do procedimento em mulheres ou bebês em perigo.


A cesariana aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados a prematuridade.


A OMS propõe que os países e as instituições de saúde adotem o sistema de classificação de Robson como instrumento de monitoramento e comparação das taxas de cesáreas. A classificação de Robson é uma ferramenta que categoriza as mulheres em dez grupos baseados em suas características obstétricas, sem necessidade de incluir a indicação da cesárea.


Se usada de forma contínua, esse sistema de classificação pode prover uma avaliação criteriosa do cuidado dispensado às mulheres no momento do parto e ser usada para mudança de suas práticas.


Neste sentido, a OPAS/OMS no Brasil segue estabelecendo esforços e ações em cooperação técnica com o Ministério da Saúde objetivando a redução das taxas de cesárea no Brasil. Além disso, vai colaborar técnica e cientificamente para que essa classificação possa ser implementada entre os atores envolvidos na atenção obstétrica no país.


Entre as conclusões na nova declaração sobre as taxas de cesáreas, a OMS cita que, em nível populacional, taxas de cesáreas maiores do que 10% não estão associadas com reduções nas taxas de mortalidade materna e neonatal.


Além disso, ainda não são claros os efeitos das cesáreas sobre outros desfechos, tais como, morbidade materna e perinatal, resultados pediátricos, bem como sobre o bem-estar psicológico e social. Nestes casos, mais pesquisas são necessárias para entender os efeitos da cesárea sobre resultados imediatos e futuros.

 

 

 

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