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Pesquisa aponta problemas de visão no futebol


07-11-2013 16:45:36
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No país do futebol o fato de nenhum jogador usar óculos em campo não significa que todos enxergam bem. Famosos como Pelé, Kaká, Romário e Alex são alguns exemplos de craques com problemas de visão. Apesar das lentes de contato serem opção segura durante prática do esporte 64% dos jogadores que não enxergam bem entram em campo sem correção visual.

 


Índice faz parte de levantamento realizado pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier de Campinas, Leôncio Queiroz Neto. Revela que  1 em cada 4 atletas nunca fez exame de vista. Mas há opções para melhorar a visão; uma das quais é a cirurgia refrativa que está cada vez mais segura.


O estudo foi desenvolvido com 80 jogadores da Confederação Paulista de Futebol. Dos entrevistados 27 ou 34% têm problemas na visão. Desses só 10 (36%) usam lentes de contato durante os treinos e jogos, 46% usam óculos quando estão fora do campo e 18% não corrigem.


O especialista explica que o bom desempenho nos esportes está diretamente relacionado à qualidade da visão que responde por 85% de nossa integração com o meio ambiente. Isso significa que a falta de correção visual impede a revelação de novos craques. Ele diz que a perda da visão de profundidade, conhecida como estereopsia, agrava em competições noturnas para quem tem problema de visão. Por isso é um dos principais fatores que prejudica o desempenho dos jogadores que têm miopia, astigmatismo ou hipermetropia. A redução da visão de profundidade, comenta, é decorrente da má acomodação, ou seja, da capacidade dos olhos ajustarem o foco em objetos de acordo com a distância.  


Para maiores de 21 anos


Queiroz Neto afirma que até os 21 anos a correção visual mais segura para jogadores são as lentes de contato de descarte diário que evitam a contaminação dos olhos por higienização inadequada. Os jogadores com mais de 21 anos e grau estabilizado há um ano podem eliminar a miopia, hipermetropia ou astigmatismo pela cirurgia refrativa. O médico destaca que o procedimento inteiramente a laser é o mais recomendado. Isso porque, o atleta fica com o olho menos vulnerável após a cirurgia devido ao menor desgaste da córnea. A recuperação do olho também é mais rápida. “Em 24 horas já está enxergando perfeitamente bem”, comenta. O mais importante são os exames na córnea feitos antes da cirurgia que determinam se o jogador pode operar.


Exercícios melhoram visão de jogo


Para Queiroz Neto a visão de jogo não é só uma questão de talento mas também de habilidade visual. A boa notícia pé que exercícios visuais podem melhorar esta habilidade. A velocidade do foco pode ser melhorada com o “teste do polegar”, afirma. Trata-se de um exercício simples em que os dois braços são levados para frente, na altura do ombro, e os polegares são colocados em posição vertical. O teste consiste em mudar rapidamente o foco entre as unhas dos polegares, notando se ocorrem falhas na fixação.


Os movimentos rápidos que caracterizam o futebol, ressalta, demandam boa visão periférica ou lateral que permite enxergar o que nos cerca e é essencial para uma boa defesa durante os jogos. A dica para melhorar a visão periférica é fixar a visão entre o ponto central da bola e o oponente.


Jogadores também podem desenvolver a capacidade de antecipação efetiva e tomar boas decisões durante as competições através da maior visão de contraste e capacidade de focalizar a atenção. Para isso Queiroz Neto recomenda que o treinador realize um exercício em que o jogador identifique objetos semelhantes que são colocados sobre um fundo de baixo contraste, trocando os objetos rapidamente.


Outro aspecto importante da visão que melhora o desempenho em campo é saber qual o olho dominante, afirma. Isso porque o olho dominante transmite informações ao cérebro mais rápido do que o outro e no campo o posicionamento do jogador de forma que a visão do olho dominante permaneça desobstruída aumenta a chance de boas finalizações. Ele diz que para saber qual o olho dominante basta estender os braços e formar um triângulo com os polegares e indicadores posicionando um objeto nesta janela, Em seguida fecha um olho de cada vez. O olho que mantiver o objeto alinhado na janela é o dominante.


Maior desconforto em campo


Nove em cada dez jogadores que participaram o estudo desenvolvido por Queiroz Neto afirmam que o sol é o maior desconforto em campo e reclamam de lacrimejamento, fotofobia e ardência nos olhos. Para reduzir este desconforto e prevenir doenças como a catarata, fotoceratite e degeneração macular causadas pela exposição dos olhos à radiação ultravioleta (UV) emitida pelo sol a recomendação do médico é usar lente de contato durante os treinos e partidas. Isso porque toda lente, mesmo as sem grau tem filtro UV.


O estudo revela também que 32% dos jogadores já sofreram repetidos traumas oculares. Entre portadores de miopia o traumatismo aumenta o risco de descolamento de retina que pode se desenvolver em dias ou semanas. Para prevenir o comprometimento ocular entre míopes o médico diz que o ideal é consultar um oftalmologista anualmente.


 

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
 

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