É preciso o zelo administrativo para prover ao Judiciario, recursos humanos e materiais. De nada adiantará a multiplicação de instituições, sem que haja pelo menos o dobro de juizes e servidores.
De nada adianta protestar contra o presidente Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), porque tem a coragem de se abrir nas discussões. Tenta corrigir defasagem histórica, que levou o Brasil ao pior quadro de injustiça, que sacrificou o tão decantado "estado de direito".
Não é possível falar em justiça, quando há milhões de processos dependendo de julgamento; quando as decisões dos juizes são aviltadas por administradores de estados e municípios, no caso dos precatórios; quando essas entidades públicas passaram sobre as sentenças que magistrados mandavam pagar; quando prefeitos e governadores surrupiaram os recursos de R$ 103 bilhões, repassados para pagar aposentados, trabalhadores, pensionistas, herdeiros, viuvas e viuvos, crianças...
Juizes de hoje são vítimas também, mas responsáveis, porque não determinam e executam as sentenças com a força policial. Estados padecem de intervenção federal por causa de precatórios, mas não se conhece na história uma execução a respeito.
Por enquanto serve toda rezão ao presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa. É claro que no momento oportuno, deverá exibir de público os maus profissionais, usando atribuições de presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Fonte: Luiz Nunes Moreira, jornalista
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