População ainda desconhece, mas há à disposição dos que precisam fazer a correção, cobertura dos planos de saúde.
A dificuldade de enxergar é uma questão de saúde pública que atinge metade da população brasileira. Neste grupo, 60% preferiam estar bem longe dos óculos, conforme aponta estudo com 1,25 mil pessoas conduzido pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier e do hospital Albert Einstein, Leôncio Queiroz Neto. O melhor desempenho profissional foi apontado por 3 em cada 10 pessoas que preferiam se livrar das lentes corretivas. Não por acaso, a procura pela cirurgia refrativa que corrige miopia, hipermetropia ou astigmatismo teve um incremento de 16% nos últimos 4 meses, afirma o médico.
A demanda só não foi maior, comenta, porque muitas pessoas desconhecem a resolução 167 da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em vigor desde março deste ano. A resolução assegura a cobertura pelos planos de saúde de cirurgias feitas pelas técnicas tradicionais – PRK e Lasik – para hipermetropia até 6 graus e miopia associada ou não ao astigmatismo a partir de 5 graus.
O especialista afirma que há pouco tempo, o maior desafio da refrativa era garantir a qualidade de visão em ambientes de baixa luminosidade após a cirurgia. Isso porque, além dos vícios de refração, é comum o sistema óptico ter outras imperfeições, classificadas como aberrações, que se manifestam em ambientes escuros quando a pupila está mais dilatada para captar a luz. Resultado: Mesmo com a correção total do vício de refração, na penumbra estas aberrações comprometem até 20% da acuidade visual. Técnicas personalizadas acabaram com o problema. Uma delas é o Wavefront e a outra o Topolink. Queiroz Neto explica que em ambas os olhos são examinados por um equipamento conhecido como aberrômetro. Pelo Wavefront é feito o mapeamento da córnea, cristalino e corpo vítreo. O resultado deste exame guia o laser na correção dos erros refrativos, eliminando as aberrações detectadas no pré-operatório. Já no Topolink o laser é guiado pela topografia da córnea. O pré-operatório inclui o mapeamento de 25 mil pontos da superfície corneana, imagens do posicionamento da pupila em relação à íris (parte colorida do olho) e do diâmetro pupilar em diferentes níveis de luminosidade. O médico diz que as cirurgias personalizadas atingem resultados entre 10 e 15% mais precisos que a refrativa convencional. Significa que não corrigem todas as aberrações, mas é o fim da visão noturna distorcida que incomoda 2 em cada 10 pessoas que corrigiu a visão pelas técnicas anteriores. A boa nova é que quem já passou pela operação e enxerga halos noturnos pode eliminar o problema através de retoque feito com novas técnicas
Cirurgia de Catarata Já Pode Eliminar Astigmatismo
Estas tecnologias também quebram barreiras da cirurgia de catarata que substitui o cristalino natural por uma lente intra-ocular. Isso porque, explica Queiroz Neto, o mapa da refração em conjunto com o software usado no pré-operatório da catarata permite quantificar o poder do astigmatismo e calcular o eixo exato da visão. Neste caso, comenta, a correção total pode ser feita com lentes tóricas que já contém o grau de astigmatismo. Ele diz há pouco tempo a correção do astigmatismo na cirurgia de catarata exigia duas cirurgias – implante de lente intra-ocular e ablasão refrativa. As novas tecnologias eliminam o problema só com o implante. Cada vez mais, observa, as novas tecnologias permitem tratamentos de acordo com as características de cada olho. A personalização veio para ficar e trazer mais qualidade de vida para todas as faixas etárias, conclui.
Fonte: Eutrópiua Turazzi, Instituto Penido Burnier
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