No Supremo Tribunal Federal (STF), os debates terminaram por aprovar as pesquisas com embriões, sem quaisquer restrições. Vários segmentos se proncuniaram, com a forte oposição da Igreja Católica. Houve comemoração em Brasília e em todo o País.
Benefícios a milhares de pessoas foram avaliados pela organização não-governamental Movimento em Prol da Vida (Movitae), a partir de dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Sociedade Brasileira de Diabetes e de outras associações que reúnem portadores de deficiência.
A coordenadora do Movitae no Distrito Federal, Gabriela Costa, diz que já há alguns resultados promissores de pesquisas com células-tronco embrionárias em testes com animais, nos países que já aprovaram esse tipo de pesquisa como Austrália, Canadá, China, Estados Unidos, Inglaterra, Japão e Israel, entre outros.
“Quase 70 países já aprovaram, então ao redor do mundo já há alguns resultados promissores. Mas o que se quer agora é liberdade para pesquisar. A idéia é que os cientistas brasileiros se juntem a esses outros cientistas e pesquisadores na busca por melhores resultados”.
Segundo o Movitae, atualmente estão em andamento no Brasil 51 pesquisas que testam o potencial das células-tronco de gerar tecidos e futuros tratamentos. A maior parte das pesquisas atuais tem como alvo as doenças graves do coração, como o infarto, que acometem 1,2 mil pacientes em todo o país. O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, investe desde 2004 um total de R$ 24 milhões em estudos com células-tronco.
Com a aprovação pelo STF o Brasil perderá passa à vanguarda tecnológica. ´Resta consciência dos poderes públicos e da iniciativa privada para investimentos nas investigações científicas. Hoje pelo menos 15 países realizam estudos com células-tronco.
Há estudos para combater diabetes, lupus, leucemia, derrames, doenças do fígado e problemas neuromusculares. O presidente da Associação Parkinson Brasília, Carlos Aníbal Pyles Patto, acredita que as pesquisas com células-tronco embrionárias são o tipo de célula-tronco mais poderosa e as únicas capazes de regenerar neurônios, única saída para a doença de Parkinson.
Entre 10 tipos de células, todas se transformam em tecido, mas para pesquisa é super importante a embrionária, que é a mais poderosa de todas. Estimativa é de que pelo menos 200 mil pessoas tenham a doença de Parkinson no País.
Fonte: Agência Brasil
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