Em agosto de 2024, os preços internacionais dos produtos agrícolas aumentaram 2,1% frente a agosto de 2023. Entre os produtos, realce para bebidas, que tiveram aumento de 62,8% na mesma comparação. 

Entre os principais produtos, café verde apresentou a maior taxa de crescimento (+33,5%), em comparação com agosto de 2023.

Soja em grãos foi o principal produto da pauta exportadora do agronegócio brasileiro em agosto de 2024. Teve participação de 25,1%, ao atingir um valor de US$ 3,5 bilhões, o que representa decréscimo de 16,4% em relação ao mesmo mês de 2023. Os demais produtos em destaque são: açúcar de cana em bruto (US$ 1,6 bilhão); milho (US$ 1,2 bilhão); carne bovina in natura (US$ 964,2 milhões); e 2,1% café verde (US$ 872,3 milhões).

Entre os principais destinos, destaca se a elevação das vendas para o Egito (+54,5%) e para a Coreia do Sul (+18,0%), em relação ao mesmo período de 2023.

Em termos de distribuição geográfica das exportações brasileiras do agronegócio em agosto de 2024, 65,7% foram destinadas aos dez principais destinos, apresentados na f igura a seguir. Entre eles, o principal é a China, com participação de 27,4%. A União Europeia, segundo principal destino, correspondeu a 16,0%, e os Estados Unidos figuraram na terceira posição, com participação de 6,7%. Completam a lista dos principais destinos: Coreia do Sul (2,9%); Indonésia (2,4%); Egito (2,2%); Japão (2,1%); Vietnã (2,1%); Emirados Árabes Unidos (2,0%); e Arábia Saudita (1,9%).

No acumulado no ano até agosto, as exportações do setor somam US$ 111,6 bilhões, caracterizando uma retração de 0,8% na comparação com o mesmo período de 2023.

Principais destinos das exportações

No acumulado do ano (Janeiro-Agosto), a maior parte dos principais destinos das exportações brasileiras do agronegócio estão no continente Asiático. China é o mais relevante, sendo destino de US$ 37,9 bilhões das vendas externas do setor, ou seja, 34,0% do total. A União Europeia, segundo principal destino, correspondeu a 13,7%, e os Estados Unidos figuram na terceira posição, com participação de 6,6%. Completam a lista dos principais destinos: Indonésia (2,5%); Emirados Árabes Unidos (2,3%); Turquia (2,1%); Vietnã (2,1%); Tailândia (1,8%); Japão (1,8%); e México (1,8%).

Em agosto de 2024, as exportações brasileiras totais apresentaram redução de 6,5% em relação ao mesmo mês de 2023. O resultado foi impulsionado tanto pela retração nas exportações dos demais setores (-2,4%), quanto pelo decréscimo nas exportações dos produtos do agronegócio (-10,6%). No mês, ocorreu superávit da balança comercial do agronegócio de US$ 12,4 bilhões, enquanto nos demais produtos foi registrado déficit de US$ 7,6 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial total do Brasil foi superavitário em US$ 4,8 bilhões.

Saldo da balança comercial do agronegócio, apresenta superávits em todo o período entre agosto de 2023 e agosto de 2024. Em agosto de 2024, o saldo comercial do agronegócio é positivo em aproximadamente US$ 12,4 bilhões. Destaca-se que o saldo da balança comercial das exportações brasileiras totais em agosto de 2024 (superávit de US$ 4,8 bilhões) é menor do que o verificado no mesmo mês em 2023, quando o superávit foi de US$ 9,6 bilhões.

Carne bovina in natura

Estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) preveem que a produção brasileira de carne bovina deve alcançar cerca de 10,2 milhões de toneladas em 2024. Esse desempenho assegura o País como segundo maior produtor mundial, ficando apenas atrás dos Estados Unidos.

Quanto às exportações, o Brasil ocupa a liderança mundial.

Para 2024, a CONAB prevê que as exportações brasileiras de carne bovina devem alcançar mais de 3,4 milhões de toneladas.

Em 2024, no acumulado até agosto, as exportações brasileiras de carne bovina in natura foram de US$ 7,1 bilhões, uma elevação de 20,3% em relação ao mesmo período de 2023. Em termos de volume, a alta foi de 29,7%, registrando um aumento de 1,2 milhão toneladas no acumulado de janeiro a agosto de 2023 para 1,6 milhão de toneladas no mesmo período de 2024.

O principal destino das exportações desses produtos é a China, que representa 49,1% das exportações em valor e 49,8% das exportações em volume, caracterizando, portanto, uma concentração nas exportações do produto.