Na busca de soluções para esses impasses, a UNAIDS Brasil quer ter diagnosticadas até 2030, 95% das pessoas com HIV/Aids, o mesmo percentual em tratamento e com carga viral indetectável. Informa o Ministério da Saúde, que hoje o Brasil só consegue cumprir a última meta. O índice de diagnóstico está em 90%, e o de tratamento, em 81%. Kalichman explicou que a situação piora entre a população trans, onde apenas 15% estariam com o tratamento em dia.
Estigma e pouca informação
Para Ariadne Ribeiro, da UNAIDS Brasil, ainda existe muita discriminação em torno de profissionais do sexo e da população LGBTQIA+ e pouca informação entre pessoas negras e jovens sobre tratamentos preventivos e emergenciais.
Veriano Terto Jr., vice-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDs, disse que o estigma continua. “Existe essa ideia, esse estigma de que o soropositivo tem uma sexualidade desenfreada, uma sexualidade louca e, em princípio, é um irresponsável, um culpado, um vilão pela sua própria situação. Isso até hoje não mudou.”
Erika Kokay, deputada (PT-DF), pediu a realização da audiência e pretende buscar contato com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para questionar sobre as pessoas sem tratamento. “Que nós possamos dialogar com os 16%, dialogar com os 8%... Por que abandonam o próprio tratamento, o que provoca o abandono?”
De acordo com a UNAIDS Brasil, a mortalidade por AIDs caiu de 5,5 mortes por 100 mil habitantes para 4,1 nos últimos 10 anos, uma queda de mais de 25%.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Não há Comentários para esta notícia
Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internet através do Noticiario, não reflete a opinião deste Portal.