Queiroz Neto alerta para o risco de contrair a doença pelo uso prolongado de corticóide e Topiramato, um medicamento que vem sendo usado para emagrecer. Médico dá sugestões para prevenir a doença.
Afirma o médico que todo corticóide causa glaucoma quando usado prolongadamente, mas os colírios agem mais rápido por serem aplicados diretamente na superfície do olho. Este foi o caso de uma paciente que para ficar com os olhos branquinhos, usou o colírio indicado ao avô após uma cirurgia de catarata. Em alguns meses percebeu alteração na visão e ainda na adolescência recebeu o diagnóstico de glaucoma. Depois disso precisa usar colírio antiglaucomatoso diariamente para evitar perder a visão.
Queiroz Neto afirma que o maior problema do glaucoma de angulo aberto, tipo mais comum da doença, é a falta de sintomas. Por isso, no Brasil só é descoberto em estágio avançado por 80% dos portadores, ou seja, quando a perda de visão provoca desequilíbrio, dificuldade para dirigir e quedas por não enxergar o chão. Consultar um oftalmologista periodicamente é a única forma de evitar o avanço da doença entre pessoas que fazem uso contínuo de corticóide para combater as dores e inflamações provocadas por doenças autoimunes como lúpus, atrite, entre outras.
Remédio é risco de glaucoma
Observa ainda o especialista que o Topiramato, antiepilético usado para emagrecer, representa um risco ainda maior de perder a visão. Isso porque pode causar glaucoma de ângulo fechado que provoca o dobro da cegueira causada pelo glaucoma de angulo aberto. O medicamento é contraindicado para quem já tem glaucoma e pessoas com hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto).
Oftalmologista explica que o corticóide dificulta a drenagem do humor aquoso, um líquido que preenche o globo ocular. Isso faz a pressão interna do olho subir e provoca lesão no nervo óptico que leva à cegueira se a pressão do olho não for controlada.
Topiramato provoca edema no cristalino e corpo ciliar. Por isso, diminui o ângulo da câmara anterior. "Este estreitamento predispõe a uma crise de glaucoma de ângulo fechado que é caracterizada por dor intensa no olho e sinaliza uma emergência médica." Em quem já sofre com glaucoma de ângulo aberto, mulheres e hipermétropes, a câmara anterior já é mais estreita. Por isso, o risco do medicamento é maior, alerta o Oftalmologista.
Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
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