Chebabo fala assim: "como já tem uma queda de plaquetas na dengue, a gente não recomenda o uso de AAS. Corticoides ambém são contraindicados na fase inicial da dengue."
Explica o presidente da SBIque, por ser a dengue é uma doença viral,
para a qual não existe antiviral, os sintomas são tratados. Tratamento
básico inclui analgésico, antitérmico e, eventualmente, medicação
para vômito. Os principais sintomas relacionados são febre, vômito,
dor de cabeça, dor no corpo e aparecimento de lesões avermelhadas na pele.
Advertiu o infectologista que, se tiver qualquer um dos sintomas, a pessoa não deve se medicar sozinha, e sim ir a um posto médico para ser examinada. “A recomendação é procurar o médico logo no início, para ser avaliada, fazer exames clínicos, hemograma, para ver inclusive a gravidade [do quadro], receber orientação sobre os sinais de alarme, para que a pessoa possa voltar caso tais sinais apareçam na evolução da doença.”
Os casos devem ser encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) e às clínicas de família.
Entre os sinais de dengue, Chebabo destacou vômito incoercível, que não para, não melhora e prejudica a hidratação; dor abdominal de forte intensidade; tonteira; desidratação; cansaço; sonolência e alteração de comportamento, além de sinais de sangramento. “Qualquer sangramento ativo também deve levar à busca de atendimento médico.” No entanto, a maior preocupação dever ser com a hidratação e com sinais e sintomas de que a pessoa está evoluindo para uma forma grave da doença.
Quanto ao carnaval, o infectologista disse que os festejos não agravam o problema da dengue, porque não se muda a forma de transmissão, que é o mosquito Aedes aegypti. “Talvez impacte mais a covid do que a dengue, mas é mais uma questão, porque, no carnaval, há doenças associadas, que acabam aumentando a demanda dos serviços de saúde. Esta é uma preocupação.”
Entre os problemas relacionados ao carnaval, Chebabo destacou traumas, doenças respiratórias e desidratação, que podem sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde.
Arte/Agência Brasil
Fonte: Sociedade Brasileira de Infectologia e AgBr
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