Após diversos consumidores do Rio de Janeiro sofrerem lesões nos olhos com pomadas modeladoras de cabelo, produtos de diferentes marcas foram recolhidos de estabelecimentos localizados em Bangu e Campo Grande, bairros da zona oeste da capital fluminense. Os lojistas foram autuados por comercializar cosméticos sem registro e, caso voltem a vendê-los, podem até ter a licença de funcionamento suspensa.
A ação foi coordenada pelo Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (IVISA). As infrações foram constatadas em seis dos 16 estabelecimentos fiscalizados.
Desde o dia 5 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia proibido a comercialização e produção da pomada Cassu Braids, fabricada pela empresa MicroFarma Indústria e Comércio. A medida foi tomada após mais de 150 consumidores procurarem unidades de saúde e relatarem sintomas diversos como irritação ocular, pálpebras inchadas, dor nos olhos e dificuldade para enxergar ao lavarem o cabelo depois de aplicação do produto.
Agentes do Estado do Rio de Janeiro já haviam realizado uma operação com foco no recolhimento da pomada Cassu Braids e outros cosméticos produzidos pela MicroFarma. De acordo com a ANVISA, a licença sanitária da empresa foi cancelada em 2016 e ela não estava devidamente regularizada para fabricar produtos desse tipo.
Na operação realizada no Rio de Janeiro, segundo informou a IVISA, não foram encontradas pomadas Cassu Braids. Os agentes apreenderam pomadas e outros produtos para penteados e tranças de sete marcas consideradas irregulares: EWA, Twister, Master Hair, King Braids, Trança Amiga, Barba Negra e KG Cosméticos. Ao todo, foram recolhidos 101 produtos. Os lojistas autuados deverão apresentar em até sete dias a nota fiscal das mercadorias, para a devida identificação dos distribuidores.
Dermatologistas orientam que, antes de comprar qualquer cosmético, os consumidores procurem o registro da ANVISA na embalagem e verifiquem o prazo de validade. Também é possível consultar pela internet se um produto está regularizado ou se uma empresa possui licença sanitária ativa. Além disso, é sempre importante observar as instruções de uso descritas na embalagem.
Por meio de nota, a Ivisa orienta que, diante da suspeita de irregularidade com algum produto adquirido, seja feita denúncia à prefeitura por meio da Central 1746. "Em casos de efeitos adversos em decorrência do uso desses produtos, a recomendação é procurar uma unidade de saúde, levando o frasco, para que sejam feitas as devidas notificações aos órgãos responsáveis para investigação", acrescenta.
230107 - 12:30 horas
ANVISA proíbe uso e fabricação de pomada modeladora de cabelos
Por danos aos olhos dos usuários, a pomada Cassu Braids está com a comercialização suspensa em todo o Brasil. Trata-se de produto utilizado para modelar cabelos e portanto de larga aplicação, especialmente em salões de beleza. Principais prejuízos à saúde são dor nos olhos, dificuldade para enxergar , irritação ocular e pálpebras inchadas. Proibição foi adotada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) após receber muitas reclamações.
A resolução da ANVISA (230106), também determina o recolhimento dos produtos distribuídos e suspende a fabricação, uso e propaganda da pomada produzida pela empresa Microfarma.
Outro motivo para a suspensão, de acordo com a Anvisa, é o fato de a empresa não estar devidamente regularizada para fabricar esse tipo de produto.
“É importante ressaltar que consta no rótulo do produto a orientação de evitar contato com os olhos e mucosas, bem como a orientação de retirar a pomada do cabelo antes de ir a lugares como piscinas, praias e cachoeiras, para que o produto não escorra sobre os olhos. Em 2022, a Anvisa já havia publicado um alerta, relacionado a esse tipo de cosmético. É importante que os consumidores fiquem atentos às recomendações de uso e advertências contidas nos rótulos dos produtos”, informa nota da Anvisa.
Fonte: ÂNVISA, Agência Brasil
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