Recomenda a OMS (Organização Mundial da Saúde), óculos com filtro UV sempre que a radiação atinge 6.
Pesquisa com 620 pacientes do hospital mostra que mais da metade dos brasileiros ignora o risco de expor os olhos ao sol. Só 45% das pessoas usam óculos nas atividades externas durante o ano todo. Queiroz Neto ressalta que a falta de proteção pode ser ainda maior.
A propósito, lembra estudo que acaba de ser publicado na BioMedical Engineering o qual revela que o filtro UV tem, em média, validade de dois anos e nem todos trocam os óculos de sol periodicamente. A troca depende do tempo que uma pessoa fica exposta ao sol. "A única forma de não expor a saúde dos olhos a riscos , nem jogar dinheiro fora, é levar os óculos de sol a cada dois anos, a uma ótica que tenha laboratório para analisar as lentes."
Óculos sem proteção UV é pior
Oftalmologista de Campinas (São Paulo) afirma que usar óculos escuros de baixa qualidade é pior do que a falta deles. É que as lentes escuras fazem com que a pupila dilate e permitem penetração de mais radiação no globo ocular. O resultado são doenças na córnea, cristalino e retina.
"Para quem usa óculos de grau, é possível aplicar nas lentes um filtro UV transparente que além de proteger os olhos do sol, evita danos causados pela luz azul emitida pelas telas do celular e computador."
Catarata precoce
Queiroz Neto comenta que o efeito da radiação é cumulativo. Está entre os principais fatores que vêm contribuindo com o aparecimento precoce da catarata no Brasil. Isso porque, usar óculos escuros sem proteção aumenta em 60% a chance de contrair catarata. A doença responde por 49% dos casos de cegueira entre brasileiros. A estimativa é de que cresce 20% ao ano no País, índice que está em ascensão devido ao rápido envelhecimento da população. O único tratamento é a cirurgia que substitui o cristalino opaco por uma lente intraocular.
Doenças oculares
O especialista afirma que a exposição por mais de seis horas à radiação solar também pode causar fotoceratite, uma inflamação da córnea com vermelhidão e desconforto temporários que provoca a morte de células. "Portanto, o efeito na lente externa do olho também é cumulativo", pontua.
"Outra doença ocular causada pela radiação é a degeneração macular. Afeta a mácula, porção central de retina responsável pela visão de detalhes e é apontada mela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a maior causa de cegueira irreversível", esclarece. Pode ser tratada com aplicação de laser e injeções de antiangiogênicos, mas a garantia de preservação da visão depende de disciplina no tratamento e do estágio em que a doença é diagnosticada. "O primeiro sinal é enxergar linhas tortuosas."
Oftalmologista afirma que uma doença menos grave, mas também importante, é o pterígio. "Resulta de mecanismo de defesa que faz crescer uma membrana sobre a conjuntiva em direção à córnea. Pode ser tratada com pomadas no estágio inicial ou extração cirúrgica quando já evoluiu a ponto de atrapalhar a visão.
Escolha da cor da lente
Queiroz Neto ressalta que bons óculos escuros ajustam a quantidade de luz que chega aos olhos sem alterar a visibilidade. Para o dia a dia recomenda as cores âmbar, marrom e cinza, que permitem boa visão de contraste e profundidade, além de reduzirem reflexos. Já as lentes cinca melhoram a visão de contraste e tornam mais segura a direção em dias nublados. Para surfistas e outros esportes aquáticos, observa, as lentes rosa e púrpura melhoram a visão de contraste em fundos verdes ou azuis. O oftalmologista finaliza recomendando aos motoristas o uso de lentes amarelas no entardecer para reduzir o ofuscamento de motoristas provocados pela luz dos faróis.
Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
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