Excesso de peso entre crianças menores de 5 anos, a anemia entre as mulheres e a obesidade entre os adultos, estão aumentando. Índices de baixo peso ao nascer, o déficit de crescimento entre crianças menores de 5 anos e o aleitamento materno, exclusivo têm melhorado constantemente desde 2000. São resultado de esforços para enfrentar os desafios ligados à nutrição. Especialistas defendem "investimentos contínuos" por parte de governos.
Estado de Alimentação e Nutrição do Mundo (SOFI 2022) é um documento da Organização das Anções Unidas (ONU) que expõe globalmente, um quadro sombrio de segurança alimentar. Cerca de 828 milhões de pessoas foram afetadas pela fome em 2021, enquanto seguiu a mesma tendência, o número de pessoas afetadas pelo sobrepeso e obesidade.
Mostra ainda o elatório que bebês nascidos com menos de 2,5 kg têm aproximadamente 20 vezes mais chances de morrer do que aqueles com peso adequado ao nascer. Aqueles que sobrevivem, enfrentam consequências de longo prazo, incluindo maior risco de desnutrição, diminuição do quociente de inteligência e maior probabilidade de desenvolver obesidade e diabetes quando adultos.
Crianças com sobrepeso ou obesidade enfrentam impactos imediatos e potencialmente de longo prazo para a saúde, incluindo um maior risco de doenças não transmissíveis mais tarde na vida. Globalmente, a prevalência de excesso de peso entre crianças menores de cinco anos aumentou ligeiramente de 5,4% (33,3 milhões) em 2000 para 5,7% (38,9 milhões) em 2020. Tendências crescentes são vistas em cerca de metade dos países em todo o mundo.
A múltipla carga da má nutrição (coexistência de subnutrição, sobrepeso e obesidade na mesma população) pode ser enfrentada se os investimentos contínuos nacionais forem colocados em prática.
E esse é o principal objetivo do projeto Nutrir o Futuro, fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde, o Centro de Excelência Contra a Fome, a Agência Brasileira de Cooperação e o Ministério das Relações Exteriores.
O Peru, um dos países parceiros do projeto, lançou recentemente “O custo da dupla carga da desnutrição: impacto social e econômico no Peru” com o objetivo de quantificar os efeitos econômicos gerados pela má nutrição infantil crônica e sobrepeso e obesidade no país. Estudos como o liderado pelo WFP no Peru destacam a importância do trabalho coordenado entre o governo, a sociedade civil, a academia e o setor privado em favor da promoção de ações que reduzam consideravelmente a má nutrição no País.
Elaboração desse documednto foi resultado de um trabalho conjunto entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Mundial de Alimentos (WFP).
Fonte: ONU
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