“As hemorragias podem acontecer de uma maneira imprevista durante um parto, uma cesárea. Mas há muitos recursos que podem ser usados para evitar isso”, destaca Suzanne Serruya, diretora do Centro Latino-Americano para Perinatologia – Saúde das Mulheres e Reprodutiva (CLAP/SMR).
Entre as técnicas para contornar a perda de sangue, está o uso do TAN (Traje Anti
Choque Não Pneumático). A ferramenta é um dos temas do Manual de orientação
para o curso de prevenção e manejo obstétrico da hemorragia: Zero Morte Materna
por Hemorragia, elaborado pela OPAS em parceria com o Ministério da Saúde. O
TAN permite controlar o sangramento temporariamente, o que ajuda a aumentar
a sobrevida das mulheres enquanto aguardam procedimentos ou transferência
para uma unidade de saúde de referência.
A segunda publicação da OPAS — Recomendações assistenciais para a prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica — defende a necessidade de empoderar as mulheres para que tenham respeitados os direitos e preferências.
Segundo Haydee Padilla, coordenadora de Família, Gênero e Curso de Vida da OPAS no Brasil, uma das principais frentes de atuação contra a hemorragia pós-parto deve ser a capacitação dos profissionais. Com a formação adequada, é possível controlar as emergências obstétricas.
“Complicações graves requerem a atenção de profissionais bem treinados e, para atingir esse objetivo, apoiamos o fortalecimento dos serviços de saúde, a eliminação das barreiras ao acesso e a garantia de disponibilidade de medicamentos essenciais e sangue seguro para transfusões”, acrescenta a especialista do organismo das Nações Unidas.
Desde 2015, a OPAS e o Ministério implementam a estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia. O projeto já realizou uma série de treinamentos para clínicos em sete estados — Tocantins, Maranhão, São Paulo, Pará, Minas Gerais, Ceará e Bahia.
Nas Américas, a taxa de mortalidade materna diminuiu significativamente
em anos recentes — de 62,4 para cada 100 mil nascidos vivos em 2007
para 46,8 para cada 100 mil nascidos vivos em 2016. Além do Brasil, a
OPAS desenvolve a estratégia Zero Morte Materna por Hemorragia na
Bolívia, Guatemala, Haiti, Peru e República Dominicana.
Acesse o Manual de orientação para o curso de prevenção e manejo obstétrico da hemorragia: Zero Morte Materna por Hemorragia clicando aqui.
Acesse a publicação Recomendações assistenciais para a prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica clicando aqui.
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