180728 - 19:27:22 horas
Os níveis de hepatite B variam amplamente entre as regiões da OMS, com a Região Africana e a Região do Pacífico Ocidental com a maior carga.
-Região do Pacífico Ocidental: 6,2% da população (115 milhões);
-Região Africana: 6,1% da população (60 milhões);
-Região do Mediterrâneo Oriental: 3,3% da população (21 milhões);
-Região Sudeste Asiático: 2% da população (39 milhões);
-Região Europeia: 1,6% da população (15 milhões);
-Região das Américas: 0,7% da população (7 milhões);
Atualmente, as injeções inseguras usadas em cuidados de saúde e o consumo de drogas injetáveis são consideradas as rotas mais comuns de transmissão do VHC. A prevalência da hepatite C nas regiões da OMS é de:
-Região do Mediterrâneo Oriental: 2,3% da população (15 milhões);
-Região Europeia: 1,5% da população (14 milhões);
-Região Africana: 1% da população (11 milhões);
-Região das Américas: 1% da população (7 milhões);
-Região do Pacífico Ocidental: 1% da população (14 milhões);
-Região do Sudeste Asiático: 0,5% da população (10 milhões);
A Organização pediu aos países das Américas que intensifiquem urgentemente os esforços para garantir diagnóstico e tratamento oportunos das hepatites.
As hepatites B e C afetam 325 milhões de pessoas no mundo, resultando em 1,34 milhão
de mortes a cada ano. Na região das Américas, 3,9 milhões de pessoas vivem com
hepatite B crônica e 7,2 milhões com hepatite C crônica, levando a mais de 125
mil mortes a cada ano. O câncer de fígado é a quarta principal causa de mortes
relacionadas ao câncer entre homens e a sétima causa de mortes relacionadas
ao câncer entre as mulheres nas Américas, representando um grande problema de saúde pública.
Com as claras conexões entre hepatite B e C crônicas e doenças potencialmente fatais, como cirrose e câncer de fígado, a região deve redobrar os esforços para garantir prevenção, detecção e tratamento. “Embora alguns países da região tenham feito grandes progressos para lidar com os riscos à saúde pública causados pelas hepatites, muitos outros continuam atrasados”, disse Marcos Espinal, diretor de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Saúde da OPAS/OMS.
“Sabemos que o tratamento da hepatite C pode levar a uma redução de 75% no risco de desenvolver câncer de fígado; no entanto, apenas 14% daqueles com hepatite C na América Latina e no Caribe são diagnosticados e menos de 1% recebem o tratamento que necessitam”.
O tema do Dia Mundial Contra a Hepatite deste ano é “É hora de testar, tratar e curar”, já foi a ênfase pública do Dia Mundial Contra a Hepatite (28 de julho). Empenho foi promover 3 objetivos principais: respaldar a ampliação dos serviços de prevenção, diagnóstico, tratamento e atenção à hepatite; apresentar as melhores práticas e promover a cobertura universal de saúde dos serviços de hepatite; melhorar parcerias e financiamento na luta contra as hepatites virais.
Para marcar a ocasião e garantir que os países estejam mais bem equipados para enfrentar o problema, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou novas diretrizes sobre o tratamento da hepatite C. Pediu a expansão do acesso a tratamentos curativos inovadores para todos aqueles acima de 12 anos que vivem com o vírus, e a inclusão de tratamento efetivo contra hepatite B e C nos sistemas nacionais de seguro de saúde.
Durante 2015 e 2016, os Ministros da Saúde de todas as Américas entraram em acordo sobre uma série de ações para reduzir a carga das hepatites e eliminá-las como problema de saúde pública até 2030. Continuam os esforços para garantir a vacinação contra a hepatite B, com todos os países da América Latina e Caribe vacinando crianças menores de 1 ano de idade, das quais 22 nas primeiras 24 horas após o nascimento, de acordo com as recomendações da OMS.
No entanto, quando se trata do tratamento daqueles que vivem com hepatite C crônica,
ainda há muito a ser feito. Novos avanços significam que mais de 95% dos infectados
podem realmente ser curados, mas, em toda a região, a maioria das pessoas que vivem
com hepatite C não tem acesso a medicamentos altamente eficazes. Tratar o vírus com
drogas antivirais de ação direta (DAA), por exemplo, pode curar a hepatite C em menos de três meses.
Alguns países da região tiveram acesso a DAA com preços mais baixos para a hepatite C por meio do Fundo Estratégico da OPAS, um mecanismo que lhes permite agrupar recursos para ter acesso a medicamentos acessíveis, estratégicos e de qualidade garantida. “É vital que outros países aproveitem ao máximo essa iniciativa, enquanto também desenvolvem planos de diagnóstico, tratamento e eliminação para reduzir a alta carga de custos de saúde associados ao diagnóstico tardio, câncer de fígado e cirrose e, o mais importante, para salvar vidas”, disse Espinal.
“Sabemos que os esforços dos governos para aumentar a disponibilidade de tratamentos têm um impacto enorme na redução do número de pessoas que sofrem de hepatite crônica e doenças hepáticas relacionadas”, acrescentou Espinal. No Brasil, por exemplo, o Ministério da Saúde estabeleceu em 2017 a meta de eliminar a hepatite C e os medicamentos DAA foram disponibilizados por meio do Sistema Único de Saúde do país.
A hepatite é uma inflamação do fígado, mais comumente causada por uma infecção viral por um dos 5 principais vírus da hepatite (tipos A, B, C, D e E). Pode provocar infecções agudas e levar a uma doença hepática crônica, cirrose, câncer ou até a morte.
As infecções por hepatite B e C são transmitidas por meio de
sangue contaminado, bem como de agulhas e seringas
contaminadas e entre pessoas que se injetam drogas. Os
vírus também podem ser transmitidos por meio de sexo
sem proteção e de uma mãe infectada para seu filho recém-nascido.
As hepatites B e C são infecções crônicas que podem permanecer assintomáticas por longos períodos de tempo, muitas vezes por anos. A boa notícia é que os primeiros testes e tratamentos previnem as complicações da hepatite C.
Graças aos avanços no tratamento, novos remédios podem curar a hepatite C em apenas três meses ou menos. O guia atualizado da OMS exige que todos os adultos e crianças com mais de 12 anos que vivem com hepatite C sejam tratados com esses novos medicamentos.
Fonte: OMS
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