A demência pugilística provoca problemas de atenção, memória e concentração,
sintomas parkinsonianos, desorientação e dores de cabeça. Com a progressão
da doença, percebe-se maior irritabilidade, agressividade, confusão mental, má
coordenação dos músculos da fala e demência progressiva. Algumas vezes
os problemas emocionais decorrentes podem até mesmo
levar o paciente a cometer suicídio, o que preocupa muito os médicos.
Para diagnosticá-la são fundamentais, avaliação neuropsicológica e exames de neuroimagem. Após o diagnóstico, a demência pugilística começa ser tratada a fim de retardar o desenvolvimento e aliviar alguns sintomas.
Mas cabe aos pais e responsáveis, preocupar-se com a prevenção, se os filhos estão expostos a desporto que podem elvar à doença. Não é só no elevado grau profissional, que pode ocorrer. No cotidiano da existência, ujovens e adultos se exibem em campos de futebol amador, "peladas", artes marciais e outros riscos naturais da idade. Observar sintomas é boa atitude preventiva.
Frequentemente vemos lutas na TV em que os participantes golpeiam diversas vezes a cabeça do adversário sem se preocupar com posteriores consequências. Exemplos claros são as lutas que ocorrem no boxe, esporte relativamente antigo e bastante praticado, que pode causar sérios traumatismos cranioencefálicos.
Entre os brasileiros há referências diversas mas a principal é do lutador Maguila,
(Adilson Maguila) que desistiu da carreira em 2000. Foi quando começou a sentir a doença, após
completar 85 lutas, vitorioso em 77. Desativou atividade profissional e começou
apresentar-se na televisão como convidado para ilustrar o show, com aquele jeito hilário de falar.
Mas Muhammad Ali (Cassius Cley), foi o mais famoso das vítimas do mal do boxe.
Cidadão do mundo, desfrutou de toda a influência, ao lado
dos maiores da história, ao condenar e resistir às guerras.
Problema crônico mais comum em decorrência do boxe é a encefalopatia progressiva crônica do boxeador, também chamada de demência ou dementia pugilística ou, ainda, síndrome punch drunk. Não atinge apenas boxeadores. Diversos outros esportes podem desencadeá-la, como o futebol americano, MMA e rugby. Além desses também já foi constatada em veteranos de guerra. Primeiros estudos sobre esse problema, foram desenvolvidos em boxeadores aposentados; daí o nome dado à doença.
A demência pugilística é observada com maior frequência após o fim da carreira dos boxeadores, em razão das várias lesões ao longo da vida. O tempo de prática de esportes que atingem a cabeça, está diretamente relacionado com o desenvolvimento do problema, que pode iniciar-se lentamente durante a carreira ou então após uma pancada forte.
A doença é grave e irreversível, sendo assim, é fundamental que medidas sejam tomadas para que não acometa mais pessoas. A prática de esportes que causam traumas no crânio deve ser revista e equipamentos de proteção devem ser introduzidos. Apesar de essa medida ser difícil, uma vez que muitos esportes são bastante tradicionais, a qualidade de vida dos esportistas merece atenção especial.
Está nos cinemas do mundo, um filme estrelado por Will Smith, que mostra toda a realidade
da exposição dos lutadores e desportistas à doença; o incentivo da
fama que é estimulante à prática da violência. Exibe as condições em
que são colocados os homens em campo de prática, especialmente
o rugby e o box. Ao fim torna-se uma veemente denúncia
para que os empresários do setor atuem protegendo a vida.
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