Artigo gerado pela ONU, assinado
por Yuri Fedotov, diretor do Escritório
das Nações Unidas sobre Drogas, o UNDC
Anis Amri, assassinado na véspera de Natal pela polícia italiana após matar 12 pessoas no ataque terrorista em Berlim, teria se radicalizado na prisão. Sua história reflete uma chocante trajetória que amplia o terrorismo assassino com treinamento e recrutamento de presos vulneráveis.
Casos como o de Amri mostram que hoje, para uma pequena minoria, as prisões se tornaram o primeiro degrau numa trajetória de horrendos atos de caos e destruição. Como podemos colocar esta minoria de volta ao caminho da reabilitação e erradicar os extremistas violentos? Não há saída rápida, mas há estratégias que podem deixar os prisioneiros menos suscetíveis.
Os extremistas recrutadores são aptos a identificar prisioneiros frágeis e propensos a acatar causas extremistas, que podem ser convencidos a cometer ataques terroristas ao sair da cadeia. Usando o tédio da vida prisional, eles exploram o ódio e a frustação, levando os presos a um compromisso ideológico de uso da violência.
As prisões não ajudam muito ao exortar pressões coercitivas, encorajando os prisioneiros a se unir a grupos em razão da violência, comportamento ameaçador, superlotação e mau gerenciamento.
Com base na recente publicação do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) com recomendações sobre como administrar prisioneiros violentos, há três áreas cruciais que exigem intervenção: treinamento de pessoal, gerenciamento de risco e esforços para reabilitação.
Carcereiros e seus superiores precisam construir relações produtivas e proteger, manter e preservar a dignidade dos presos. Cada um deles deveria receber treinamento especializado para lidar com prisioneiros violentos.
Profissionalismo, ética e apoio às pessoas que lidam com stress são parte central desta tarefa. Os trabalhadores precisam estar treinados para proteger a segurança de todos.
Gerenciamento de risco é fundamentado na implementação de medidas de segurança apropriadas para garantir que os presos são mantidos em custódia segura. Isto começa com avaliação de risco na chegada dos prisioneiros e deveria continuar com sistemas de inteligência exclusivos. Tal trabalho pode informar sobre intervenções e reabilitação e ajudar na tomada de decisões estratégicas para o futuro do preso.
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