Pela pesquisa foi originada a produção de 5 gramáticas pedagógicas para uso em escolas indígenas do País. As ações fazem parte do Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas (Progdoc), que envolveu 40 povos e uma população total de cerca de 35 mil indígenas.
O trabalho coordenado por linguistas contou com a colaboração de indígenas que receberam capacitação e auxílio financeiro para atuar nas suas próprias comunidades. Durante o projeto, eles esbarraram concretamente no problema que tentam evitar: o desaparecimento de idiomas nativos. Embora a língua oficial e predominante no Brasil seja o português, o país tem entre 150 e 170 idiomas nativos, a maioria na região amazônica.
O diretor do Museu do Índio, José Carlos Levinho, destaca a qualidade do material produzido na parceria com a Organização da ONU sobre a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Explica que a impressão dos textos em línguas indígenas exigiu colaboração entre línguistas, designers e editores, a fim de garantir a reprodução fidedigna da grafia das palavras. A previsão é que as gramáticas pedagógicas fiquem prontas até dezembro deste ano.
Fonte: UNESCO
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