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ITAIPU, bateria natural que abastece quanto o Brasil precisar

ITAIPU, bateria natural que abastece quanto o Brasil precisar
[foto] - Itaipu pode propduzir sempre que a demanda precisar. Foto Jornalista Moreira

08-09-2025 19:35:57
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Usina Hidroelétrica de Itaipu está completando a marca de 3,1 bilhões de megawatts-hora produzidos ao longo dos últimos 41 anos, energia suficiente para abastecer o mundo durante 44 dias e o Brasil, por 6 anos. Mas além dessa marca e dos benefícios sociais que reflete na região e no País, funciona como uma "bateria natural" porque é capaz de gerar eletricidade ao Sistema Interligado Nacional (SIN) além dos 9% que produz para atender o consumo brasileiro.

 


Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Rio Paraná, "está sempre pronta para gerar energia quando demandada." Antes de chegar aos 3,1 bilhões de MWh, a segunda maior hidrelétrica do mundo já era a usina que mais produzia energia elétrica em todo o mundo.

Situada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, sendo o lado brasileiro na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, a usina é operada pela Itaipu Binacional, empresa administrada pelos dois países.

Número recorde de 3,1 bilhões de MWh “é o reflexo de décadas de trabalho conjunto entre brasileiros e paraguaios, inovação tecnológica e compromisso com o desenvolvimento sustentável.”  Assim falou o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri.

Curva de crescimento

A hidrelétrica começou a ser construída em 1973, passando a produzir energia nove anos depois. Um enorme reservatório no Rio Paraná supre a água que aciona as turbinas de Itaipu.

O primeiro bilhão de MWh foi atingido em 2001, período em que o Brasil enfrentava uma crise de racionamento de energia. Em agosto de 2012, a usina atingiu 2 bilhões de MWh. A marca de 3 bilhões foi batida em 10 de março de 2024.

Toda a produção do empreendimento é dividida igualmente entre o Brasil e o Paraguai, no entanto, de acordo com o tratado que rege a construção de Itaipu, o país que não consumir toda a energia gerada pode vendê-la para o parceiro estratégico.

Bateria natural

Atualmente, Itaipu responde por cerca de 9% do consumo de energia elétrica brasileiro. Mais do que simplesmente fornecer energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN), a capacidade de geração faz a usina se comportar como uma bateria natural do sistema, ou seja, está sempre pronta para gerar energia quando demandada

Esse comportamento ganha importância à medida que se desenvolvem no Brasil fontes alternativas de energia, como a eólica e a solar, que têm como características ser intermitentes. A eólica, por exemplo, depende da quantidade de vento. A solar só fica disponível durante o dia.

Dessa forma, Itaipu é uma das principais forças da chamada rampa de consumo nos finais de tarde, quando hidrelétricas ? que podem ter a produção controlada instantaneamente ? são acionadas para manter o nível de produção e transmissão de energia no SIN.

Em algumas ocasiões, Itaipu contribui com até 30% do atendimento a essas rampas.

Para o diretor-técnico-executivo, Renato Sacramento, “mais importante que a produção em si, é o papel estratégico que hidrelétricas como Itaipu vêm desempenhando. Isso permite garantir a confiabilidade e a segurança operacional de um sistema elétrico em que, a cada dia, mais fontes renováveis intermitentes entram em operação.”

Paraguai aumenta demanda

Historicamente, a quantidade de energia disponível para o lado paraguaio nunca foi totalmente consumida. Energia excedente é sempre adquirida pelo Brasil. Há 40 anos, o Brasil consumia 95% do suprimento. Esse cenário seguiu trajetória de queda ao longo das décadas, de forma que em 2024, o Brasil consumia 69%; e o Paraguai, 31%.

O consumo crescente do Paraguai faz Itaipu Binacional projetar que, até 2035, não deve haver mais excedente.

A demanda paraguaia tem sido impulsionada pelo crescimento da economia; a presença crescente em solo paraguaio de data centers (servidores digitais que processam e armazenam dados), incluindo os de inteligência artificial (IA); e da atividade de mineração de criptomoedas – processo digital que depende de computadores potentes para criar e proteger as criptomoedas, com uso intensivo de energia.

Por causa da demanda crescente, Itaipu estuda a construção de mais duas turbinas geradoras, além das 20 que estão opeerando.

Projetos

Outra frente de atuação de Itaipu é a geração de energia elétrica por fontes

renováveis além da hidrelétrica. Projeto já iniciado estuda transformar

o leito do reservatório no Rio Paraná em um parque de usina solar, que

pode até duplicar a capacidade de produção, hoje em 14 mil megawatts

(MW). Há ainda desenvolvimento de energia proveniente do hidrogênio verde e biogás.

 

A Usina passa por um processo de atualização tecnológica. O plano começou a ser executado em maio de 2022 e prevê 14 anos de implementação, com cerca de US$ 670 milhões em investimentos já contratados.

Equipamentos eletromecânicos pesados, como turbinas, não estão incluídos no projeto pois, segundo Itaipu, estão em excelentes condições e longe do final da vida útil típica para esses componentes.

 

 

Fonte: Agência Brasil
 

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