Mercúrio causa impactos negativos à saúde humana, especialmente no sistema nervoso. Afeta de maneira extrema o meio ambiente, onde secularmente vem sendo empregado em mineração de metais preciosos como o ouro. No Brasil os lançamentos na atmosfera chega a 50 toneladas ao ano. Por isso o País está começando uma investigação que ao final permitirá conhecer a realidade e atuar de modo a eliminar o risco. Isso deve ajuudar na implantação dos preceitos da Convenção internacional.
Indica a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que o Brasil é a sétima economia mundial no setor químico. Atualmente, o País enfrenta dificuldades no desenvolvimento de estratégias para controle e redução do mercúrio, devido à falta de dados suficientes para montar os estudos. Embora haja diversos estudos ambientais que se refiram aos meios atmosféricos, aquáticos, terrestres e bióticos, a maioria trata apenas da extração de ouro artesanal e em pequena escala.
Além disso, o Brasil tem pouca experiência na coleta e armazenamento separado de mercúrio e de resíduos de mercúrio, como o encontrado em lâmpadas. O Brasil consome anualmente 300 milhões de lâmpadas, das quais apenas 16 milhões são recicladas e despejadas corretamente.
As avaliações realizadas no projeto “Desenvolvimento da Avaliação Inicial da Convenção de Minamata sobre Mercúrio no Brasil”, levarão em conta como as populações mais vulneráveis e excluídas, estão sendo afetadas pelas liberações de mercúrio. O projeto tem prazo de 2 anos de duração, ao custo de US$ 2,5 milhões, sendo US$ 820 mil do GEF.
Saúde humana
O mercúrio é um metal pesado tóxico e perigoso, que causa danos sérios à saúde e problemas graves ao meio ambiente. A toxicidade do mercúrio varia de acordo com a forma química, a concentração, a via de exposição e a vulnerabilidade do individuo exposto. Os seres humanos podem estar expostos ao mercúrio por diversas fontes, incluindo o consumo de pescado, a exposição ocupacional e o uso de amálgamas dentais.
Exposição a níveis elevados pode afetar o cérebro, o coração, os rins e pulmões e o sistema imune dos seres humanos. Tremores musculares, coceira persistente, sensação de queimação na pele, mudanças de personalidade são alguns dos sintomas do envenenamento crônico, ou seja, absorção frequente de pequenas quantidades do elemento ou seus derivados. Já o envenenamento agudo, pela ingestão de compostos de mercúrio, é ainda pior: se não tratado, leva à morte em cerca de uma semana.
Meio Ambiente
A questão ambiental e o impacto da contaminação no meio ambiente estão ligados diretamente à saúde humana. Isso acontece porque, como o mercúrio é uma substância natural, atividades humanas como a mineração e o setor industrial dos produtos acabam deixando o metal disponível no meio ambiente, muitas vezes mudando sua concentração e permitindo a sua ligação com outros elementos químicos, formando o metil-mercúrio (o que o torna mais agressivo) e em quantidades maiores que aquele ambiente dispõe.
Quando um curso de água é poluído pelo mercúrio, parte deste se volatiliza na atmosfera e depois torna a cair, em seu estado original com as chuvas. Outra parte absorvida direta ou indiretamente pelas plantas e animais aquáticos circula e se concentra em grandes quantidades ao longo das cadeias alimentares. Além disso, a atividade microbiana transforma o mercúrio metálico em mercúrio orgânico, altamente tóxico.
Convenção de Minamata
A Convenção de Minamata em Mercúrio é um tratado global para protegera saúde humana e o meio ambiente dos efeitos do mercúrio. Os principais destaques incluem a proibição da exploração de novas minas de mercúrio, eliminação progressiva das minas em funcionamento, medidas de controle sobre emissões atmosféricas, regulamentação internacional do setor informal para mineração artesanal de ouro em pequena escala.
De acordo com o tratado, até 2020, o mercúrio deverá ser eliminado de baterias, pilhas, lâmpadas, cosméticos, pesticidas e outros materiais. As normas para reduzir as emissões atmosféricas do metal incluem práticas ambientais e as melhores técnicas disponíveis para novos empreendimentos. O Brasil assinou a Convenção no dia 10 de outubro de 2013, mas ainda não ratificou o tratado. Até o momento, apenas 12 países ratificaram a Convenção. Quando for ratificado por 50 países, o tratado entrará em vigor.
Fonte: Agência Brasil e Abiquim
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Por isso que o garimpo não é legalizado: é uma atividade incompatível com a saúde das populações onde ele acontece, além de ser uma atividade que PREJUDICA A ECONOMIA DO PAÍS. Mas, Mercúrio “nos olhos dos outros” é dinheiro para facções criminosas, muitas vezes apoiadas pela máquina pública. Só ver como o Governo Federal se refere ao garimpo, e também notícias recentes como a de uma carga de ouro duvidosa escoltada até São Paulo por Policiais Militares… Continuamos “Brasil-Colônia”!