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Mulheres são mais afetadas pelo olho seco. Médico ensina como evitar e tratar

Mulheres são mais afetadas pelo olho  seco. Médico ensina como evitar e tratar
[foto] - Colírio para tratar olho seco, deve ser sem conservante para não irritar a superfície do olho. Foto freepik

18-07-2025 12:38:39
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A doença mais frequente nos consultórios oftalmológicos do mundo, é a síndrome do olho seco, uma alteração na quantidade ou qualidade da lágrima. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que atinge 3 mulheres para cada homem. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier, de Campinas (São Paulo), este é o mês da campanha julho turquesa, para alertar sobre a importância de buscar tratamento ao primeiro sinal de ressecamento da lágrima.

 


Sintomas do olho seco

Queiroz Neto afirma que os  sintomas do olho seco são: sensação de areia nos olhos, vermelhidão, coceira, fotofobia (aversão à  luz) e visão turva.

Caso não receba o tratamento adequado, a condição pode causar lesões na   córnea, lente externa do olho que responde por mais da metade de nossa refração.

A  lágrima é formada por três camadas - aquosa, lipídica e de mucina. Tem a função de proteger a superfície dos olhos das agressões externas e alimentar a córnea com o oxigênio retirado do ar.  

 Olho seco evaporativo e as causas

"A principal causa do olho seco é, sem dúvida, o uso abusivo de telas que atinge todas as faixas etárias, inclusive crianças."  Isso porque, na frente do videogame, celular ou computador, a pessoa faz pouco movimento com o globo ocular e diminui o número de piscadas de 20  para 6 a 7 vezes por minuto.

Olho seco evaporativo ocorre quando o filme lacrimal tem maior evaporação e responde por 70% dos casos da síndrome. 

A menor lubrificação Pode deixar os olhos mais vulneráveis à ceratite (inflamação na córnea) e à conjuntivite, inflamação da conjuntiva, membrana transparente  que reveste a parte interna das pálpebras e a parte branca do olho (esclera).

A queda dos hormônios sexuais ocasionadas pelo ciclo menstrual também pode ativar esse tipo de olho seco.

  Vaidade e a deficiência aquosa  da lágrima

O oftalmologista alerta para checar a procedência dos cosméticos e maquiagem aplicados na região dos olhos. "Muitos produtos passam por testes dermatológicos, mas não são submetidos a teste oftalmológico que não é obrigatório na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) embora seja crucial para a saúde ocular.

Na segunda semana de julho, viralizou na rede social o caso de queimadura na córnea da cabeleireira Lidiane Loureira  que  ficou 4 dias cega depois de usar o sérum Wepink produzido pela empresa da influenciadora Virgínia Fonseca.

Queiroz Neto afirma que há um grande número de substâncias em cosméticos e maquiagem, como exemplo o formaldeído, que pode causar lesões graves nos olhos, alergia e inflamação nas glândulas lacrimais. Dependendo da extensão da lesão nas glândulas lagrimais, pode iniciar o processo de olho seco por deficiência aquosa da lágrima. Esse processo, geralmente, surge em pessoas mais velhas por uma diminuição natural da produção lacrimal conforme envelhece. 

Para quem não abre mão da maquiagem a recomendação do especialista é a remoção completa antes de se deitar e a higienização da borda das pálpebras (onde ficam as glândulas que produzem a lágrima) com um cotonete embebido em xampu neutro para não irritar a mucosa do olho.

Outra recomendação é nunca utilizar lápis na borda interna da pálpebra e descartar produtos com alteração de cheiro ou cor mesmo que não estejam vencidos. 

 

Hormônios e outros fatores de risco

Oftalmologista ressalta que uso de pílula anticoncepcional por mais de 5 anos ininterruptos e a diminuição dos hormônios estrogênios (que tem influência na produção da lágrima durante o climatério e a menopausa) estão intimamente relacionados ao olho seco por deficiência aquosa.

Outros fatores que podem contribuir com o ressecamento da lágrima são doenças como lúpus, alergias, hipertensão arterial, diabetes, hipertireoidismo, Parkinson,  uso de antialérgicos, descongestionantes, antidepressivos, betabloqueadores e  tranquilizantes.

 

Diagnóstico e tratamentos

Queiroz Neto ressalta que o diagnóstico é realizado em exame oftalmológico de rotina acompanhado por exames de imagem em que o paciente e o oftalmologista visualizam qual camada da lágrima está deficiente.

O tratamento é iniciado com colírio, preferencialmente sem conservante para não irritar a superfície do olho, pode incluir pomadas, compressas mornas, oclusão cirúrgica do ducto lacrimal, sessões de luz pulsada, terapia de luz de baixa intensidade e outras tecnologias emergentes.

A busca por tratamento ao primeiro sintoma inibe a progressão da deficiência lacrimal e devolve a qualidade de vida,

 

 

Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
 

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