Lançado em outubro do ano passado, o indiucador traz a média de preços de mercado do feijão preto e carioca no Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Oeste da Bahia. Produtores rurais e interessados podem acompanhar diariamente no site do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ESALQ:
https://www.cepea.org.br/br/indicador/feijao.aspx.
Em Minas Gerais e Goiás, por exemplo, o avanço da colheita do feijão carioca coincidiu com a demanda de mercado mais retraída. No Paraná, principal produtor de feijão preto, a área da segunda safra já foi quase totalmente colhida, com produção estimada em 526,6 mil toneladas, volume 23% abaixo da safra anterior.
Feijão de melhor qualidade
Entre os feijões nota 9, de melhor qualidade, as cotações caíram entre 7,8% e 12% na última semana, nas praças de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. As maiores quedas foram registradas em Goiás, onde os preços já operam em menores patamares no ano. Já em Minas e São Paulo, apesar do recuo recente, ainda há ganhos acumulados em 2025.
Nos feijões comerciais (notas 8 e 8,5), a combinação de estoques remanescentes e a chegada de novos lotes continua pressionando os preços nas principais regiões produtoras. Nos estados do Paraná e São Paulo, a média semanal caiu cerca de 3,7%. Em Curitiba (PR), a queda foi mais acentuada (12,23%), reduzindo o valor da saca de R$ 175,53 para R$ 154,07.
Segundo análise do indicador, no Triângulo Mineiro, o recuo foi mais moderado, de 3,2 %, com a saca cotada a R$ 167,50. Entretanto, na região Noroeste de Minas, a cotação subiu 4,67 %, enquanto o nordeste do Rio Grande do Sul avançou 5,0 %. As altas foram sustentadas pela procura por produto da safra nova.
Cai preço do feijão peto
No mercado de feijão preto tipo 1, o ritmo segue lento. Apesar do fim da colheita no Sul, o volume disponível continua alto, impedindo reações nas cotações. Em Curitiba, os preços recuaram para R$?140,47 a saca, queda de 1,2%, enquanto na metade Sul do Paraná, a saca foi negociada a R$?131,15 (baixa de 2%). No oeste catarinense, os preços seguem estáveis, em torno de R$?134,25 por saca.
Para o assessor técnico da CNA Tiago Pereira, o atual cenário exige atenção redobrada do produtor em relação à qualidade e ao planejamento comercial.
"Estamos diante de um mercado altamente sensível à oferta, com preços pressionados mesmo em praças tradicionalmente firmes. O produtor que investe em qualidade, colheita e armazenagem ainda consegue diferenciação, mas o contexto exige planejamento e atenção aos sinais de demanda."
Os preços médios regionais também podem ser acompanhados pelo canal do CEPEA no WhatsApp:
Fonte: CNA, Assessoria de Comuinicação
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