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População que vive nas ruas, cresce 25% no Brasil

População que vive nas ruas, cresce 25% no Brasil
[foto] - Situação de rua se agrava e requer decisões de políticas públicas. Foto AGBr, Rovena Rosa

02-01-2025 20:04:22
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Cresceu em torno de 25% no Brasil, a população que vive nas ruas; das quais 63% se concentram nas cidades da região sudeste. Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais revela que até o último dia de dezembro de 2024, eram 327.925 as pessoas morando ao relento, embaixo de viadutos, pontes, marquises e praças. Números foram encontrados pela análise do Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), que reúne beneficiados pelo Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada, o BPC,

 


Em dezembro de 2023 havia 261.653 pessoas vivendo nas ruas, que pasdsaram ser 327.925 em dezembro de 2024. Trabalho foi desenlvido pela equipe do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da UFMG (OBPopRua/POLOS-UFMG). O número apurado em dezembro de 2024 é 14 vezes superior ao registrado há 11 anos, quando havia 22.922 pessoas vivendo nas ruas no País.

A Região Sudeste é onde estão concentradas 63% das pessoas em situação de rua, com 204.714 pessoas, seguida da Região Nordeste, com 47.419 pessoas (14%).

Só no estado de São Paulo, que representa 43% do total da população em situação de rua do Brasil, esse número saltou de 106.857 em dezembro de 2023 para 139.799 pessoas em dezembro do ano passado. Essa quantidade é 12 vezes superior ao que foi observado em dezembro de 2013, quando eram 10.890. Em seguida aparecem os estados do Rio de Janeiro, com 30.801, e Minas Gerais, com 30.244.

De acordo com o coordenador do Observatório, André Luiz Freitas Dias, o aumento da população de rua pode ser explicado pelo fortalecimento do CadÚnico como principal registro da situação e de acesso às políticas públicas sociais do País. Também é mostra da ausência ou insuficiência de políticas públicas estruturantes voltadas para essa população, tais como moradia, trabalho e educação.

O levantamento apontou ainda que 7 em cada 10 pessoas em situação de rua, não terminaram o ensino fundamental e 11% encontra-se em condição de analfabetismo, dificultando o acesso das pessoas às oportunidades de trabalho geradas nas cidades.

Robson César Correia de Mendonça, do Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, lembrou que o Censo Demográfico de 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a cidade de São Paulo conta com cerca de 590 mil imóveis particulares vazios. Esse número é bem superior a 92.556 pessoas em situação de rua que vivem atualmente na capital paulista, segundo o Observatório da UFMG.

Para Mendonça, se há crescimento na população em situação de rua e uma grande quantidade de moradias ociosas em todo o País, isso significa que “está faltando interesse político para resolver o problema.”

“Se nós temos 588 mil e poucos prédios ociosos na cidade de São Paulo e 90 mil de população em situação de rua, isso quer dizer que se fosse feita uma reforma nesses prédios, tornando-os habitacionais, teríamos resolvido uma boa parte dessa demanda e tirado essas pessoas da rua. Isso tornaria muito mais barata a questão da moradia do que o custeio com albergue e outras questões que o governo busca fazer para tentar solucionar o problema e que nunca consegue."

 

 

Fonte: UFMG
 

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