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Esforço de campanhas não evita crescimento da AIDs entre idosos

Esforço de campanhas não evita crescimento da AIDs entre idosos
[foto] - Cartilha ensina como prevenir infeção pelo vírus HIV

04-12-2024 22:21:13
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Falta de esclarecimento por campanhas públicas e subnotificação devido à baixa testagem, são os principais motivos do crescimento de infecções pelo vírus HIV. Informação que está no Boletim Epidemiológico sobre HIV/AIDS do Ministério da Saúde, mostra que entre 2011 e 2021, aumentou 4 vezes o número de idosos que testaram positivo para o vírus. Marco Túlio Cintra, geriatra e presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, sugere mais ações de prevenção.

 


Desde 2017 há no Brasil, a campanha do Dezembro Vermelho. É mobilização nacional para prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas com o vírus HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.

Para Túlio Cintra lembra que há ainda casos em que o paciente apresenta sintomas como o emagrecimento acentuado e os médicos investigam como câncer, sem desconfiar de HIV. Por isso, considera boa prática que os profissionais da saúde solicitem a testagem aos pacientes idosos, já que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia mostra aqaui, aspectos que podem orientar profissionais de saúde, familiares e pacientes, para descobrir ou evitar a doença. 

"No idoso, geralmente, há múltiplas causas. Os nossos profissionais não pensam na possibilidade do vírus HIV para os idosos. Então é descoberto com doença já manifesta com sintomas de Aids numa fase mais avançada. Outra questão importante que não é comentada: não se direcionam campanhas de prevenção para pessoa idosa. Então a informação não está chegando. 

Quando se fala em pessoa idosa, não todos obviamente, mas há um perfil de mais doenças. Há uma alteração no sistema imune. Muitos tomam muitos medicamentos. É uma questão que quando entra o vírus HIV complica. Pode haver interações medicamentosas, de um medicamento atrapalhar o outro, tem maior dificuldade com o tratamento porque essas pessoas têm mais problemas de saúde.

Entre os idosos, a preocupação do uso é menor. Muitos idosos não imaginam que eles estão se expondo. Muitas vezes as campanhas são voltadas para grupos e não por comportamento de risco. O comportamento de risco pode estar em qualquer faixa etária, inclusive nos idosos que são sexualmente ativos."

 

 

Fonte: Sociedade Brasileira de Geriatria e AgBr
 

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