"Será uma noite muito especial, pois esta é a nossa estreia no Theatro São Pedro e sob a batuta de Claudio Cruz, que também é diretor pedagógico e musical da Ação Social pela Música do Brasil. O concerto ainda será marcado pela resistência. Os nossos jovens vão celebrar o Dia da Consciência Negra, reafirmando o compromisso da Ação Social pela Música do Brasil com as pautas e ações antirracistas." Palavras de Fiorella Solares, diretora da Camerata e do projeto Ação Social pela Música do Brasil (ASMB).
Clássico e popular se unem no repertório da apresentação
O programa começará com "As Quatro Estações Portenhas", obra de Astor Piazzolla (1921–1992), reconhecido como um dos maiores compositores argentinos do século XX. Piazzolla se inspirou na obra de Vivaldi, "As Quatro Estações", porém, na sua versão, há o acréscimo do toque "portenho", que nos remete ao seu berço, a cidade de Buenos Aires, também em quatro movimentos, com uma atmosfera latina, melancólica e vigorosa, que trazem elementos do jazz e do tango. Claudio Cruz, que fará a regência do concerto, também será o solista da obra.
Após o intervalo, a Orquestra retornará com "Variações sobre o Tema de Frank Bridge", uma das obras mais conhecidas do inglês Benjamin Britten (1913-1976), que criou a composição com apenas 23 anos. A peça é composta por dez variações baseadas em um tema retirado da "Suíte para Quarteto de Cordas", de Frank Bridge, então seu mentor.
Depois, é a vez de "Brejeiro", de Ernesto Nazareth, composta em 1893, obra conhecida como um tango brasileiro, caracterizado pela fusão do tango com ritmos e elementos da música popular brasileira. Encerrando o concerto com muita energia, a Camerata fará um mergulho na música popular brasileira em dois grandes clássicos: "Mas que Nada", de Jorge Ben Jor, e "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso.
Programa do concerto:
As Quatro Estações Portenhas – Astor Piazzolla (1921-1992)
I. Primavera Portenha
II. Verão Portenha
III. Outono Portenho
IV. Inverno Portenho
Solista: Cláudio Cruz
Variações sobre o Tema de Frank Bridge - Benjamin Britten (1913-1976)
I. Adagio
II. March
III. Romance
IV. Aria Italiana
V. Bourrée Classique
VI. Wiener Waltzer
VII. Moto perpetuo
VIII. Funeral March
IX. Chant
X. Fugue and Finale
Brejeiro – Ernesto Nazareth (1863 -1934)
Mas que Nada – Jorge Ben Jor (1939)
Aquarela do Brasil – Ary Barroso (1903 – 1964)
SERVIÇO:
Camerata Jovem do Rio de Janeiro com maestro Claudio Cruz
Regência/Solista: Claudio Cruz (violino)
Local: Theatro São Pedro - Rua Barra Funda, 171 - Barra Funda, SP.
Data: 16 de novembro de 2024
Horário: 20 horas
Ingressos. grátis
Duração: 100 minutos.
Informações: (11) 3661-6600
Site: https://theatrosaopedro.org.br/
Sobre a Camerata Jovem do Rio de Janeiro
A Camerata Jovem do Rio de Janeiro foi criada há 9 anos e já se apresentou em espaços consagrados da música clássica no Brasil como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sala Cecilia Meireles, Cidade das Artes e também no Rock in Rio e centros culturais.
Orquerstra tocou ao lado de grandes músicos como o pianista chinês Lang Lang e o violonista brasileiro Yamandu Costa. Os jovens músicos participaram do Festival Internacional de Música de Londrina e do Festival Internacional de Música de João Pessoa.
Em 2017, a orquestra realizou a primeira turnê na Europa. Fez concertos na Alemanha e Holanda em espaços de música internacional como o Concertgebouw em Amsterdã. Em 2018 a CJRJ fez concertos em Nova Iorque (EUA). Foi destaque a apresentação na sede da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em agosto de 2019, a Camerata Jovem embarcou para sua segunda turnê europeia realizando apresentações públicas em cidades alemãs e suíças. No Tonhalle de Zurique, os jovens músicos cariocas tocaram na celebração do centenário da ONG Save the Children e receberam o prêmio Swiss Charity Award. Depois os jovens seguiram para Genebra onde se apresentaram no Palácio das Nações na sede europeia da ONU.
Orquestra Jovem realizou concertos em Düsseldorf e na Embaixada do Brasil em Berlim; e, em 2019, 2021 e 2023, tocou no Festival Rio Montreux. Em 2019 se apresentou no Palco Favela do Rock in Rio. Em 2020 e 2021 fez várias lives e lançou a música We Are the Champions que foi muito elogiada pela Banda Queen. Em 2022 integrantes da CJRJ foram convidados a participar do AIMS Festival em Solsona (Espanha).
Sobre a Ação Social pela Música do Brasil (ASMB):
Fundada há mais de 25 anos, a Ação Social pela Música do Brasil (ASMB) é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos. Tem a missão de educação social e cultural por meio do ensino da música clássica, a fim de promover a inclusão social de crianças, adolescentes e jovens de comunidades em situação de vulnerabilidade social.
Mais de 14 mil alunos já passaram pela Ação Social, colhendo resultados positivos, principalmente no que se refere à prevenção e ao combate às drogas e à violência intrafamiliar.
Atualmente, o projeto atende 4.406 alunos em 13 núcleos de aprendizado musical e em 18 polos de musicalização. Dos 13 núcleos, 7 encontram-se na cidade do Rio de Janeiro: São atendidas 20 comunidadeds, como Rio das Pedras, Complexo do Alemão, Vila Isabel, Cidade de Deus, Manguinhos, Morro dos Macacos, e agora São Gonçalo.
Há ainda 1 núcleo em Petrópolis, 4 núcleos em João Pessoa (Paraíba) e 1 núcleo em Ji-Paraná (Rondônia) e 1 núcleo, chamado Maestro David Machado, em Campo Grande (Mato Grosso do Sul).
Quem é o maestro Cláudio Cruz:
Foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo, Grammy Awards entre outros.
Tem atuado como Regente Convidado em diversas orquestras, entre as quais a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Orquestra Sinfônica Brasileira, Petrobras Sinfônica, Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo, Sinfônica de Porto Alegre, Sinfônica de Brasília, Orquestra Sinfônica de Curitiba, Orquestra de Câmara de Osaka, Orquestra de Câmara de Toulouse, Orquestra Sinfônica de Avignon, Northern Sinfonia (Inglaterra), a Sinfonia Varsovia, New Japan Philharmonic, Hyogo Academy Orchestra, Hiroshima Symphony (Japão), Vogtland Philharmonie (Alemanha), Jerusalem Symphony Orchestra.
Cruz participou de diversos Festivais de Música. No Brasil destaca-se a participação como Regente da Orquestra Acadêmica do Festival Internacional de Campos de Jordão em 2010 e 2011. Maestro brasileiro participou do Festival de Verão da Carinthia (Áustria) e Festival Internacional de Música de Cartagena onde atuou como camerista e Regente Convidado da Osesp.
Em 2021 Cláudio Cruz lançou os trios de Villa-lobos com Antônio Meneses e Ricardo Castro, álbuns com os pianistas Marcelo Bratke, Olga Kopylova, os Quartetos de Meneleu Campos com o Quarteto Carlos Gomes. Em 2022 gravou álbuns com o violinista Emmanuele Baldini, com o violista Gabriel Marin.
Theatro São Pedro:
Theatro São Pedro tem mais de 100 anos e é instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura. Esse Theatro tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional.
Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Esse é o único remanescente da época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas.
Nos mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. O teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp.
Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada.
Ao longo dos anos as temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros. Assim o Theatro São Pedro revelou-se uma referência na cena lírica do País.
Agora o Theatro São Pedro inicia uma nova fase, respeitando a própria história e atento aos novos desafios da arte, da cultura e da sociedade.
Fonte: Camerata Jovem do Rio de Janeiro, Mário Camelo
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