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Produtores da agricultura brasileira avaliam impactos do acordo Mercosul-China

Produtores da agricultura brasileira avaliam impactos do acordo Mercosul-China

12-09-2024 12:23:34
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Impactos do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a China, foram conhecidos pelos presidentes de federações de agricultura e pecuária, diretores da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), profissionais do agronegócio. João Martins, presidente da Confederação, considera "significativo e promissor o crescimento da parceria," devido à "crescente demanda por alimentos." Brasil é o maior fornecedor de alimentos para a China.

 


 Presidente da CNA disse que o futuro das relações agropecuárias entre Brasil e China é promissor e reforçou a necessidade de continuar trabalhando para que as conquistas se mantenham e o relacionamento se fortaleça nos próximos anos. Falou assim no evento que discutiu as "Reflexões sobre um eventual Acordo de Livre Comércio Mercosul-China", na sede da entidade, em Brasília (DF). 

Em 2024, o Brasil está comemorando 50 anos de relações comerciais com a China. Foi nesse encontro que o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), apresentou estudo com os impactos de um acordo de livre comércio entre o Mercosul e o País asiático.

"A celebração dos 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China, em 2024, é um marco importante, que lembra do quanto já conquistamos juntos e do potencial que ainda temos para explorar."

Martins analisou o significativo crescimento na parceria, especialmente no setor agropecuário, em que a China, "com vasta população e crescente demanda por alimentos, tornou-se o principal destino das exportações do setor."

Alta capacidade de produzir com qualidade, de forma sustentável e competitiva, consolidou o Brasil como o principal fornecedor de alimentos para a China. Em 2023, mais de 36% das exportações agropecuárias, foram destinadas ao mercado chinês. "Esse número impressionante reflete não apenas a qualidade dos nossos produtos e os grandes avanços conquistados nas últimas décadas pelo setor, mas também a confiança que a China deposita no Brasil." Assium falou o presidente da CNA.

Martins observou que a parceria vai além da troca de mercadorias, pois os dois países têm trabalhado juntos em diversas frentes, incluindo investimentos em tecnologia agrícola, sustentabilidade e segurança alimentar. "A China tem investido no setor agropecuário brasileiro. São recursos fundamentais para impulsionar a inovação e fortalecer, ainda mais, a sustentabilidade em nossas práticas agrícolas."

João Martins lembrou que, ao reconhecer a importância da China para o agro brasileiro, a CNA abriu, em 2020, um escritório de representação em Xangai. "A partir daí, temos realizado missões comerciais e prospectivas, levando pequenos e médios produtores para vender seus produtos e conhecer a realidade do mercado."

Neste contexto, a soja e a carne bovina se consolidaram no País asiático; mas para produtores de frutas, por exemplo, "ainda há uma longa jornada", ponderou o presidente da CNA.

"A parceria sino-brasileira é uma via de mão dupla", pois ambos os países se beneficiam. Para a China, contribuímos para a garantia da segurança alimentar de sua população. Para o Brasil, a China representa vasto mercado, em constante crescimento, que nos permite expandir e diversificar as nossas exportações, proporcionando renda e melhores condições aos nossos produtores rurais." É a opinião do presidente da CNA.

Luiz Augusto de Castro Neves, embaixador e presidente do CEBC, destacou o papel pioneiro do setor agropecuário brasileiro, que "soube ser competitivo, além de utilizar suas vantagens comparativas para se destacar no comércio global. E hoje apresenta um comercio exemplar com a República Popular da China e uma expansão internacional exemplar em relação ao resto do mundo."

Lembrou mais o Embaixador sobre os desafios enfrentados pelo Mercosul nos primeiros anos de existência e as oportunidades que o bloco sul-americano pode ter com um acordo de livre comércio com o País asiático. É isso que mostra o estudo apresentado no evento: "gerando efeitos positivos para o PIB dos países membros, apesar das assimetrias econômicas entre eles."

Luiz Augusto fala que os pontos como harmonizações regulatórias, facilitação de investimentos e cooperação tecnológica podem criar cadeias de produção regionais mais estratégicas e sustentáveis. Disse ainda, que acordo desta natureza promoveria maior abertura econômica, especialmente no Brasil, "promovendo uma inserção mais competitiva na ordem econômica internacional."

 

 

Fonte: CNA, Assessoria de Comunicação
 

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