Linguagem: EnglishFrenchGermanItalianPortugueseRussianSpanish

Música no fim de semana: Coro da Orquestra de São Paulo canta Maurice Ravel

Música no  fim de semana: Coro da Orquestra de São Paulo canta Maurice Ravel
[foto] - Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Foto Laura Manfredini

27-07-2024 14:33:03
(421 acessos)
 
Quinta-feira, dia 25 de julho de 2024; sexta-feira, dia 26 e sábado, 27; são as datas que os brasileiros poderão assistir a concertos raros do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). É um programa dedicado à música francesa, com peças de Maurice RAVEL (Alborada del gracioso); Ma mère l'Oye (mamãe gansa) e Maurice Duruflé/Réquiem, Opus 9. Será regente Giancarlo Guerrero, vencedor do Grammy e Diretor Musical da Sinfônica de Nashville e da Filarmônica de Wroclaw (Polônia).

 


Concerto da sexta (26 de julho) será transmitido ao vivo no YouTube da OSESP.

O ano de 2024 marca as celebrações dos 70 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP, além dos 30 anos de atividades do Coro da Osesp e dos 25 anos da Sala São Paulo, a casa da Osesp, dos Coros e dos Programas Educacionais, inaugurada em 1999 no edifício onde antes funcionava a Estrada de Ferro Sorocabana.

 

Giancarlo Guerrero, o regente
Guerrero nasceu na Nicarágua, imigrando ainda na infância para a Costa Rica. Posteriormente, estudou Percussão e Regência na Baylor University e obteve mestrado em Regência na Northwestern, ambas nos Estados Unidos.

Foto de Kurt Heinecke

Ao longo da carreira, apresentou-se junto a importantes orquestras norte-americanas, como as de Baltimore, Dallas, Los Angeles, Filadélfia, Seattle e a Sinfônica Nacional (Washington). Atuou também com diversos grupos europeus, como a Sinfônica da Rádio de Frankfurt e as Filarmônicas de Londres, da Rádio França e da Holanda.

Em 2019, Guerrero recebeu a honraria de ser orador na Conferência da Liga de Orquestras Americanas.

Na temporada 2023-2024, Guerrero retornou à Sinfônica de Chicago, em concerto conjunto com Wynton Marsalis e The Jazz at Lincoln Center, às Sinfônicas da Nova Zelândia e de Bilbao, à Filarmônica de Bruxelas, à Orquestra Gulbenkian, à Orquestra Cívica de Chicago e à própria OSESP, da qual é convidado frequente.

 

Música francesa e Ravel

Estes comentários mostram o conteúdo da música de Naurice Ravel e o programa escolhido para os concertos do fim de semana, do Coro da OSESP.

Em Um certo olhar: França, o público ouvirá o talento de Maurice Ravel como orquestrador, em Alborada del gracioso e Ma Mère l'Oye [Mamãe Gansa], e o Réquiem de Maurice Duruflé, obra que busca traduzir os sentimentos humanos diante do mistério da finitude. A performance de sexta (26 de julho) terá transmissão ao vivo no YouTube da Osesp.

Razões da música de Ravel


A Espanha sempre foi uma fonte de inspiração para Maurice Ravel (1875-1937). A versão orquestral de Alborada del gracioso, originalmente um dos cinco movimentos da obra para piano Miroirs [Espelhos], é de 1918, fruto de uma encomenda da companhia Ballets Russes de Diaghilev, que estava interessado em montar um balé sobre temas espanhóis. Se o virtuosismo pianístico dos Miroirs assinalou um passo adiante nas explorações harmônicas e rítmicas propostas por Ravel, a versão orquestral desse movimento em particular reitera seu talento ímpar como orquestrador.

Ravel nunca se casou, mas adorava crianças. E foi para os filhos (Mimie e Jean) de um casal de amigos – Ida e Cyprian Godebsky – que Ravel escreveu a Suíte Mamãe Gansa para piano a quatro mãos em 1908, depois de pegá-los folheando uma versão ilustrada do livro de contos de fadas de Charles Perrault. Como a obra deveria ser interpretada por crianças, Ravel resolveu "simplificar o estilo e a escrita com a intenção de despertar a poesia da infância".

Dentro da tradição cultural ocidental, o réquiem é um gênero musical destinado a homenagear os mortos. O Réquiem de Maurice Duruflé (1902-1986) tem suas origens em uma das épocas mais difíceis para os franceses, o período da ocupação nazista. Em maio de 1941, o regime colaboracionista de Vichy instituiu um concurso de composição musical, oferecendo dinheiro para as melhores obras.

Interessado na premiação, Duruflé imaginou compor um poema sinfônico, optando depois por um réquiem, no qual ainda trabalhava quando Vichy caiu, em agosto de 1944. Com o fim da guerra, o editor lhe cobrou o término da obra, e Duruflé, que trabalhava em uma suíte para órgão baseada em temas do canto gregoriano, incorporou tais ideias ao projeto anterior, criando uma partitura peculiar ao mesclar o antigo e o novo. O Réquiem, na versão original para órgão, orquestra, solistas e coro, foi completado em setembro de 1947 e dedicado à memória de do pai, apesar dos biógrafos acreditarem que também haja uma homenagem velada aos franceses mortos na Segunda Guerra Mundial.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP


A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – OSESP é um dos grupos sinfônicos mais expressivos da América Latina. Com 13 turnês internacionais e quatro turnês nacionais realizadas, mais de uma centena de álbuns gravados e a média de 120 apresentações por temporada, a OSESP vem alterando a paisagem musical do Brasil e pavimentando uma sólida trajetória dentro e fora do País, obtendo o reconhecimento de revistas especializadas como Gramophone e Diapason, e relevantes prêmios, como o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Clássica de 2007.

A Orquestra se destacou ao participar de três dos mais importantes festivais de verão europeus, em 2016, ao se tornar a primeira orquestra profissional latino-americana a se apresentar em turnê pela China, em 2019, e ao estrear em 2022, no Carnegie Hall, em Nova York, apresentando um concerto na série oficial de assinatura da casa e o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos.

Desde 2020, Thierry Fischer ocupa os cargos de Diretor Musical e Regente Titular, antes ocupados por Marin Alsop (2012-19), Yan Pascal Tortelier (2010-11), John Neschling (1997-2009), Eleazar de Carvalho (1973-96), Bruno Roccella (1963-67) e Souza Lima (1953).

Mais que uma orquestra, a OSESP é também uma iniciativa cultural original e tentacular que abrange diversos corpos artísticos e projetos sociais e de formação, como os Coros Sinfônico, Juvenil e Infantil, a Academia de Música, o Selo Digital, a Editora da Osesp e o Descubra a Orquestra.

Fundada oficialmente em 1954, a Orquestra passou por radical reestruturação entre 1997 e 1999 e, desde 2005, é gerida pela Fundação OSESP.

Coro da OSESP


O Coro da OSESP, além da versátil e sólida atuação sinfônica e do repertório histórica e estilisticamente abrangente, enfatiza a inbterpretação, no trabalho, o registro e a difusão da música dos séculos XX e XXI e de compositores brasileiros.

Destacam-se na ampla discografia, os álbuns Canções do Brasil (Biscoito Fino, 2010), Aylton Escobar: Obras para Coro (Selo Digital Osesp, 2013) e Heitor Villa-Lobos: Choral Transcriptions (Naxos, 2019).

Na primeira turnê internacional, em 2006, apresentou-se em Oviedo para o rei da Espanha, Filipe VI, na entrega do 25º Prêmio da Fundação Príncipe de Astúrias.

Em 2020, o Coro cantou, sob a batuta de Marin Alsop, no Concerto de Abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, feito repetido em 2021, quando participou de um filme virtual que trazia também Yo-Yo Ma e outros artistas e grupos de 7 países.

Junto à OSESP, estreou no Carnegie Hall, em Nova York, em 2022, se apresentando na série oficial de assinatura da casa e integrando o elogiado espetáculo Floresta Villa-Lobos.

Fundado em 1994 como Coro Sinfônico do Estado de São Paulo, por Aylton Escobar, foi integrado à OSESP em 2000, passando a se chamar Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como coordenadora e regente, funções que, entre 2017 e 2019, foram desempenhadas por Valentina Peleggi, que contou com a colaboração de William Coelho como maestro preparador, posição que ainda ocupa.
 

Programa

UM CERTO OLHAR: FRANÇA

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – OSESP
CORO DA OSESP
GIANCARLO GUERRERO 
regente
Maurice RAVEL
Alborada del gracioso
Ma Mère l'Oye [Mamãe Gansa]

Maurice DURUFLÉ | Réquiem, Op. 9
 

Serviço

25 de julho, quinta-feira, 20h30
26 de julho, sexta-feira, 20h30 – Concerto Digital
27 de julho, sábado, 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares 
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 271,00 (valores inteiros)
Bilheteria (INTI): neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para pessoas com deficiência; 33 para idosos.

 

 

Fonte: OSESP
 

 Não há Comentários para esta notícia

 

Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internet através do Noticiario, não reflete a opinião deste Portal.

Deixe um comentário

QTnsq