Biblioteca Nacional (BN) destaca ainda a segunda edição de Os Lusíadas ("...por mares nunca dantes navegados..."), chamada dos piscos, de 1584, além das obras Rhytimas (1595) e Rimas (1616). Para abrir a exposição esteve na BN, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel.
Essa Exposição sobre Camões tem apoio da Embaixada de Portugal no Brasil, com patrocínio do Camões – Centro Cultural Português em Brasília e de Pinheiro Neto Advogados. No ambiente digital, pode ser visitada pelo site da Biblioteca.
“A Biblioteca Nacional é hoje um centro importantíssimo da memória Camoniana, não só pelas mais de 700 obras que possui sobre Camões mas, de modo especial, pelas obras raras.” Palavras de Marco Lucchesi.
“Nesta exposição, procuramos mostrar o núcleo duro, que é a grande riqueza das primeiras e segundas edições de Camões, além da história das exposições desta casa a partir do século 19, e material cartográfico precioso, como de Abraham Ortelius, e o original de Hans Staden sobre a viagem ao Brasil,” explica o diretor da Biblioteca Nacional.
Paulo Rangel, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, comentou que a exposição torna presente Camões, 500 anos depois do nascimento. Lembrou que as bibliotecas são instituições fundamentais para a transmissão do saber e da cultura.
“Não são estáticas, mas dinâmicas e, por isso, fazem acontecer, como esta que torna presente Camões, 500 anos após seu nascimento”. Disse mais que, no fundo, a exposição celebra a língua portuguesa. “Nenhuma das literaturas em português seria o que é se não fosse Camões”.
Paulo Rangel lembrou também o aspecto de modernidade de Luís de Camões ao demonstrar preocupação com a mulher e o bem-estar, em situações de abandono e desamparo, com o ficar para trás quando os homens partem. “Revela uma sensibilidade humana e humanista extraordinária.”
Ministro de Portugal agradeceu à BN pela organização da mostra e encerrou a fala citando estrofes de Camões, que levam as pessoas a pensar em relação aos soldados que vão morrer, às famílias que vão ficar abandonadas, à ideia de que mesmo nos grandes feitos, a natureza humana é sempre contraditória e que há coisas boas e más.
Alguns artistas foram convidados a colaborar na interpretação de Camões, entre os quais Marcos Gusmão (fotografia), Nazareno (gravura leitura do mar) e Ana Miranda, que cedeu a obra Bionírica, que trata da relação entre o feminino e o mar.
O público é brindado também com um Jogo da Memória que, em uma perspectiva lúdica, oferece a oportunidade de encontrar os versos de Camões colocados na exposição.
O presidente da Biblioteca Nacional ressaltou a importância da mostra afirmando que “quem mais fala aqui [na exposição] é o próprio Camões”.
A biblioteca também está exibindo a Camoniana, que é uma atualização de toda a produção que a instituição guarda de Camões, incluindo o século 21. A mostra inclui mapas de Lisboa e das Américas, feitos na época de Camões, que foi uma era de navegações e descobrimentos que inspiraram o maior escritor lusitano.
Visitantes poderão apreciar ainda, ilustrações presentes nos livros de Camões, além de diversas gravuras e desenhos dos séculos 16 ao 19 que retratam e homenageiam o escritor.
Luis Vaz de Camões morreu em Lisboa em 1579, dia 10 de junho.
Fonte: Biblioteca Nacional
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