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Biblioteca Nacional tem raridades na mostra de 150 anos de imigração italiana

Biblioteca Nacional tem raridades na mostra de 150 anos de imigração italiana
[foto] - Presidente da Itália, Sergio Mattarella, abre exposição na Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Foito AgBr, Marcelo Camargo

19-07-2024 17:50:29
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Brasileiros com nacionalidade italiana e turistas em geral, podem conhecer a trajetória de 150 anos, dos imigrantes, na exposição Rio: Nova Roma – Alianças Culturais - 150 anos da imigração italiana, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Mostra foi aberta pelo presidente da Itália, Sérgio Mattarella e ficará à disposição dos visitantes inclusive pelo site da instituição. Entre raridades há um livro do frade franciscano e matemático italiano Luca Pacioli, ilustrado por Leonardo da Vinci.

 


Presidente da Itália abre exposição de 150 anos da imigração no Rio

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Exposição Rio: Nova Roma – Alianças Culturais - 150 anos da imigração italiana, é aberta (240718) pelo presidente da Itália, Sérgio Mattarella, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. “É o momento em que se comemora, de fato, essa relação tão importante do ponto de vista cultural, artístico, científico, entre Brasil e Itália. A Biblioteca Nacional tem a seu favor, peças importantíssimas dessa história.” Observação é do diretor Marco Lucchesi que recomenda aos interessados a visita virtual.

Para essas visitas, basta abrir o site da BNDigital ou ir pessoalmente ao saguão da Biblioteca Nacional.

Rio de Janeiro (RJ), 13/07/2023 - O presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, na abertura da exposição Uma janela para o Armazém de Periódicos, da Biblioteca Nacional. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Presidente da Fundação Biblioteca Nacional,

Marco Lucchesi, Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Lucchesi ressaltou que a exposição marca os 150 anos da primeira leva migratória que ocorreu em 1874. 

A primeira parte da exposição ressalta quase uma centena de jornais escritos e publicados no Brasil pela comunidade italiana, de característica abrangente e ecumênica, publicações anarquistas, socialistas, católicos, destacou Lucchesi. “São jornais que guardam um grande tesouro, porque tratam da história do Brasil, de debates importantíssimos, os anarquistas, por exemplo, que tiveram papel fundamental nas greves de 1917”.

Lucchesi explica que há, nos textos, uma grande leitura do Brasil feita por olhos estrangeiros e, ao mesmo tempo, com um italiano que vai obtendo inúmeras variações. “Porque muitas dessas páginas são escritas em um italiano que os próprios italianos ainda não dominam porque a Itália foi unificada há pouco tempo nesse período. Então, nós temos um importante laboratório de língua para os próprios italianos: a participação dos dialetos, a miscigenação da língua brasileira com a italiana”. Do ponto de vista linguístico, essa é uma grande riqueza, tanto para o Brasil, como para a Itália, acentuou Lucchesi.

Ele salientou ainda, referindo-se aos jornais italianos, que uma parte do Modernismo brasileiro é fruto dessa língua misturada do italiano e português. “Há um livro de poemas jocoso, muito famoso e apreciado por Mário de Andrade, que se chama La Divina Increnca. É um livro importante que vem dessa presença italiana no Brasil que vai desde La Divina Increnca até Anarquistas Graças a Deus, de Zélia Gattai, só para citar dois exemplos”.

Livro, raridade na Biblioteca

Lucchesi comentou que a segunda parte da mostra possui grande riqueza ao tratar de um livro do frade franciscano e matemático italiano Luca Pacioli, ilustrado por Leonardo da Vinci. “É uma raridade que nós temos na BN”. Seguem-se incunábulos e livros antigos que foram impressos desde o Renascimento italiano.

Em um segundo momento, poderão ser vistas as gravuras e desenhos da Escola Italiana de Desenhos, englobando grandes nomes e tradições de escolas da Itália. Esse material faz parte da coleção Costa e Silva, que foi adquirida ainda no século 19, na cidade de Bolonha, com a escola de Vasari, Guercino, Annibale Carracci, Guido Reni. O final da exposição reúne gravuras do arquiteto Piranesi. “Vai ser um momento de grande emoção, porque são gravuras imensas, guardadas na iconografia”.

No dia 4 de julho, a fachada da Biblioteca Nacional foi iluminada com as cores da bandeira da Itália, em celebração aos 150 anos de imigração italiana no Brasil. A iluminação foi acionada remotamente de Roma pela princesa Elettra Marconi, filha de Gugliemo Marconi, da mesma sala de onde o inventor italiano iluminou a estátua do Cristo Redentor, em 1931.

Logo acervo de Floença

Marco Lucchesi informou ainda que desde o início de 2024 vem conversando com a Biblioteca Nacional de Florença sobre a possibilidade de um memorando de cooperação entre as duas instituições.

“Nós vamos estudar a melhor forma de participação. É uma biblioteca muito importante, extremamente rica, e estamos estudando a melhor forma de fazermos troca de experiência”, informou.

A Biblioteca Nacional é a maior biblioteca da América Latina e uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

 

 

Fonte: Biblioteca Nacional, Ag Brasil Marcelo Camargo
 

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