Na estação fria a queda da imunidade e o aumento
das doenças respiratórias são os maiores fatores de risco.
Prevenção
As 9 recomendações de Queiroz Neto para prevenir a conjuntivite viral são:
·Evite aglomerações em locais fechados.
·Mantenha os olhos lubrificados.
·Lave as mãos com frequência.
·Evite tocar os olhos com as mãos.
·Ao primeiro desconforto consulte um oftalmologista imediatamente.
·Pare de usar lente de contato até o olho estar completamente recuperado
·Durma bem.
·Aplique compressa fria feita com gaze e água filtrada
·Nunca compartilhe colírio, fronhas, toalhas e maquiagem.
Doenças respiratórias
Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que durante os meses mais frios as doenças respiratórias afetam cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo e causam até 650 mil mortes por ano.
No Brasil a situação é um pouco pior. O último boletim da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde mostra que em 2023 ocorreram 221,7 mil casos de síndrome respiratória aguda grave até final de outubro, sendo 34 mil por covid-19. A taxa de óbitos entre os brasileiros que contraíram doenças respiratórias foi de 19 mil, bem acima da média mundial.
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier, o frio é o ambiente propício para a reprodução de diferentes cepas de vírus. Uma delas, o adenovírus, provoca alguns resfriados e a conjuntivite, inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste as pálpebras e a esclera, parte branca dos olhos.
O especialista ressalta que o aumento da poluição no inverno causa olho seco, uma disfunção na quantidade ou qualidade da lágrima que tem a função de proteger os olhos. "Sem esta barreira contra as agressões externas, o vírus chega aos olhos por meio do ar, água, contato com secreção de uma pessoa resfriada ou da mão com os olhos após tocar em um objeto contaminado", explica.
Sintomas
Você acorda de manhã sentindo dor nos olhos, queimação, sensação de areia e visão embaçada. Vai para o espelho e vê seus olhos eliminando uma secreção viscosa e as pálpebras inchadas. Quem está com a imunidade baixa também pode sentir os sintomas de um resfriado: tosse, coriza e dor de garganta.
Grupos de risco
Queiroz Neto afirma que todas as faixas etárias podem contrair a conjuntivite viral, mas quatro grupos têm mais predisposição:
·Crianças porque muitas nunca tiveram contato anterior com o vírus e por isso não têm imunidade incorporada.
·Idosos, alérgicos, mulheres na pós-menopausa e pessoas imunodeprimidas tem maior deficiência de lágrima. Estes grupos, comenta, podem desenvolver ceratoconjuntivite, caracterizada por infiltrados na córnea que causam áreas de opacificação na córnea e pode comprometer permanentemente a visão se não receber o tratamento adequado.
·Jovens estudantes e trabalhadores que no dia a dia permanecem aglomerados em ambientes fechados também correm mais risco.
Transmissão
O oftalmologista afirma que a conjuntivite viral e a bacteriana são altamente contagiosas. Por isso são uma importante causa de afastamento do trabalho e da escola. A transmissão se dá pelo contato com a secreção dos olhos ou das superfícies tocadas pela pessoa contaminada. Evitar escolas, locais de trabalho e outros ambientes fechados é decisivo para se recuperar da condição.
Diagnóstico
O diagnóstico preciso, pontua Queiroz Neto, requer a distinção da conjuntivite de outras condições como a uveíte, ceratite ou glaucoma agudo que podem apresentar sintomas semelhantes. Para isso, a consulta inclui a completa anamnese do paciente, incluindo o início, duração e sensações que não podem ser percebidas como dor, coceira e sensação de agulhada no olho, questões sobre alergia, contato com pessoas contaminadas, uso de medicamentos e outras condições de saúde que possam interferir no aspecto do olho. "Geralmente fazemos o exame oftalmológico com lâmpada de fenda instilamos no olho do paciente um colírio de fluoresceína visualizar melhor a superfície do olho e identificar possíveis danos ou abrasões na córnea.
Tratamento
A conjuntivite viral é tratada com o gerenciamento da condição e geralmente dura duas semanas. Queiroz Meto afirma que a quando não há infiltrados a indicação é instilar colírio lubrificante para diminuir o desconforto. Em caso de ceratoconjuntivite o tratamento é feito com colírio que contém corticoide. Neste caso, requer o acompanhamento do oftalmologista para ser retirado aos poucos e não causar efeito rebote. Um erro frequente no tratamento de conjuntivite viral é usar colírio antibiótico. Isso porque o antibiótico piora a condição e usado indiscriminadamente, provoca resistência ao medicamento.
Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
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