CNA e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, o SENAR criraram o programa SuperAção. Objetivo é enfrentar os desafios junto com entidades locais, como a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, a FARSUL, e o SENAR no Rio Grande do Sul.
A missão do Sistema CNA/Senar percorreu, durante uma semana, áreas rurais no Rio Grande do Sul; esteve em propriedades, ouviu os relatos de produtores e familiares afetados pelas enchentes e fez diagnóstico da situação, para definir as ações necessárias que irão ajudar a reconstruir e recuperar a atividade agropecuária no Estado.
Além dos produtores, os integrantes da missão estiveram com representantes dos sindicatos rurais e autoridades municipais, para definir ações conjuntas necessárias ao meio rural.
Primeiro relato feito por Daniel Carra, mostra que "muitos produtores perderam as casas, as lavouras, os animais, o solo, maquinários, equipamentos básicos. Tivemos uma tragédia; o tamanho do estrago foi muito grande e assustador em todas as cadeias produtivas, para todos os níveis de produtores."
Força-tarefa para ajudar
Em cada região do Estado, os produtores enfrentam problemas e situações muito diferentes, de acordo com a localização da propriedade e o modelo produtivo. Esta é mais uma observação dos porofissionais do Sistema CNA/SENAR. Estiveram em propriedades de pequenos produtores integrados, de grãos, de arroz, da pecuária de leite, de corte, da suinocultura, avicultura, de famílias que plantavam uva, hortas, pomares.
"João Martins, presidente da CNA, designou uma equipe de Brasília para que, juntamente com a administração regional do Senar no Rio Grande do Sul, fizesse o diagnóstico completo da situação. Com isso, nossa instituição vai poder ajudar da maneira mais eficiente possível. Com essa força-tarefa nacional, vamos conseguir aumentar a velocidade da recomposição da atividade produtiva. Em um primeiro momento, vamos trabalhar com cerca de 5 mil produtores de todas as regiões atingidas." É o que diz um comunicado oficial da CNA/SENAR.
Plano de recuperação
Carrara explica que, a partir do diagnóstico que a equipe está fazendo, será elaborado um plano de recuperação individual por propriedade, similar ao que é feito nas ações do SENAR com a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).
Dirigente do SENAR explica o que será feito: ",,, vamos lidar com situações extremas. Em determinadas regiões, principalmente nas margens de rios, os produtores perderam o solo completamente e algumas propriedades estão com mais de um metro e meio de lama. Em outras, as enchentes e as pedras que desceram das encostas, deixaram um rastro de destruição. Em algumas situações, onde for possível, algumas propriedades terão que ser deslocadas para lugares mais altos; e, eventualmente, até mudar o tipo de produção. Mas isso tudo vai depender de uma avaliação dos nossos técnicos de campo, juntamente com o apoio dos sindicatos rurais e dos municípios."
Ajuda necessária
Ajuda será agora, diz diretor-geral do SENAR: "Em atividades muito impactadas como, por exemplo, suinocultura, avicultura e pecuária de leite, já vamos enviar e reforçar a ajuda com técnicos dessas cadeias produtivas. Outras propriedades ainda estão sem energia. O Senar vai encaminhar técnicos de eletrificação rural pra fazer a recomposição da rede e até capacitar a mão de obra local para ajudar na recuperação de propriedades vizinhas. Dar manutenção de equipamentos, ajudar na reconstrução de galpões, com a comida para os animais, enfim, são muitas as ações possíveis e necessárias."
Mas parcela de infraestrutura ainda não há solução à vista, em função de competências de organismos federais e estaduais. Escoar a produção, torna-se uma tarefa que depende de infraestrutura viária. A cheia dos rios na região provocou a queda de pontes, danificou pavimento e gerou barreiras, além do comprometimento de estradas vicinais e outras vias de ligação entre cidades.
Relato desenvolvido pela equipe de comunicação social da CNA/SENAR.
Fonte: CNA/SENAR
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