Homenagem da Assembleia Legislativa está
marcada para o dia 29 de novembro de
2023, às 18 horas. Foi proposta pelos
deputados estaduais Anibelli Neto e Luis Corti.
Nos anais da Secretaria de Cultura do Estado do Paraná, encontra-se a história do Jockey Club, que dá ênfase aos então governadores Moyses Lupion e Bento Munhoz da Rocha Neto.
A história do Jockey Club do Paraná teve início no dia 2 de dezembro de 1873, com a eleição da primeira diretoria. O primeiro Grande Prêmio da história do turfe do Paraná recebeu a denominação de Grande Prêmio “Dezenove de Dezembro”. A prova foi instituída pela Lei Provincial n.º 866 de 17 de fevereiro de 1886.
Jockey Club no Guabirotuba,
chamado Prado-Jácome, em 1874
Convite oficial de um dos primeiros eventos em 28 de janeiro de 1874, estava escrito assim: “Club de Corridas Paranaense – amanhã – 29 do corrente, às 3 horas da tarde, terá logar a inauguração do Prado Jácome, com uma brilhante corrida de amadores. Os srs. Que inscreverem seus cavalos queiram apresentar-se na hora marcada para arranjaram-se os páreos” (Nestor Borba – 1º Secretário)
Primeira diretoria que tomou posse nessa cerimônia foi:
Presidente Honorário: Luiz Jácome de Abreu e Souza
Presidente: Major Manoel Marcondes de Sá
Vice-presidente: Manoel Luiz Agner
1º Secretário: Nestor Augusto Marocines Borba
2º Secretário: Albino Scmmelpfeng Tesoureiro: João Batista Ribeiro
O turfe local atravessou fase sem destaque, mas a partir de 1940, na gestão do presidente, com importação de animais argentinos e uruguaios, além da vinda de um lote de potros e potrancas de criação de Lenneo de Paula Machado, melhorou muito o nível técnico das corridas.
Jockey Club, primeira arquibancada de
alvenaria do Hipódromo do Guabirotuba, em 1950
Assim, no início da década de 1940, foram instituídas algumas das provas mais importantes do calendário turfístico paranaense, como Grande Prêmio Paraná e Clássicos Primavera, Carlos Dietzsch e Manoel Ribas.
Muitos defendiam, em 1948, a remodelação do Hipódromo do Guabirotuba, mas outros achavam que o terreno não oferecia melhores condições. Assim, em setembro daquele ano, foi iniciada as negociações para compra do terreno do Tarumã. Em 1949, ainda predominava a ideia da construção do novo hipódromo no próprio terreno do Guabirotuba.
No dia 31 de agosto de 1950 o Governador Moyses Lupion “autorizou a aquisição da área necessária, reajustando o valor da avaliação das atuais instalações e terrenos do Jockey Club do Paraná”. Desta forma o terreno do Guabirotuba passou para o Estado e a área do Tarumã para o Jockey.
A diretoria do Jockey Club, em junho de 1952, organizou um gráfico do andamento das obras, cujo projeto era do engenheiro Edmir Silveira D’Avila, prevendo a inauguração para novembro de 1953. Naquele mês foram iniciados os trabalhos de terraplanagem e no dia 13 de setembro de 1952 foi realizado a solenidade de início da construção da arquibancada social, com as presenças do Governador Bento Munhoz da Rocha Neto e o presidente Pedro Alípio Alves de Camargo.
No dia 21 de novembro de 1955 realizou-se a emocionante festa de despedida do Hipódromo do Guabirotuba, que durante 56 anos foi palco das reuniões promovidas pelo Jockey Club do Paraná
Dia 10 de dezembro de 1955, às 11 horas da manhã, realizou-se a solenidade oficial, com as presenças dos Governadores Adolpho de Oliveira Franco e Irineu Bornhause, Bento Munhoz da Rocha Netto, Prefeito Ney Braga, Secretário de Saúde Joaquim de Mattos Barreto, presidente Pedro Alípio Alves de Camargo e as grandes figuras do turfe do Paraná.
Às 13h30 daquele dia, Mário de Araújo Marques ordenou a partida da primeira corrida realizada no Hipódromo do Tarumã – Grande Prêmio “Inaugural”. No dia seguinte foi realizado o Prêmio Paraná.
Jockey Club em 1955, hipódromo do
Tarumã com moderna arquibancada
As 13:30 horas do mesmo dia, Mario de Araujo Marquez ordenou a partida da primeira corrida realizada no Hipódromo do Tarumã, denominada Grande Prêmio “Inaugural”. Vitorioso foi o cavalo Miguel Ângelo, sob a direção de Pierre Vaz e o preparo de A. Garcia, defendendo as cores do Haras Fazenda Nova.
No dia seguinte foi a vez do Grande Prêmio Paraná 1955, com a vitória do cavalo Salomão, que defendeu as cores de Atílio Loss Tedesco. Recebeu a direção de R. Arede e o preparo de Nereu Miltzarek.
O Hipódromo do Tarumã completou 50 anos em 2005, com a realização do Grande Prêmio “Paraná” – Cinqüentenário do Hipódromo do Tarumã. A vitória foi do cavalo Fort Bird, de propriedade do Haras Moenda de Itatiba. Carlos Pereira Gusso foi o treinador e Jorge Ricardo o piloto.
Mas essa entidade tão festejada, atração dos sábados e domingos, lugar de reunião de elegantes, teve um tempo difícil, conforme relata o jornalista Luiz Renato Ribas, Entusiasta do esporte, escreveu assim:
"Jockey Club do Paraná sobreviveu, recentemente, de 2006 a 2015, a maior fase negra de sua história, com a cassação de sua carta patente original (13), com a delapidação criminosa de seu patrimônio que exigiu intervenção judicial pleiteada pelos amigos do turfe paranaense.
E após 19 meses sem corridas, nosso turfe foi reconstruído com muito esforço por uma gestão acima da média nacional, liderada pelo empresário Paulo Irineu Pelanda, amparado por uma diretoria eficiente, laboriosa e unida, como nunca se viu em toda história desses seus 145 anos de existência, desde 2 de dezembro de 1873.
A “Veterana” entidade paranaense de turfe é a segunda mais antiga do Brasil, fundada apenas cinco anos depois do Jockey Club Fluminense e o segundo clube social de Curitiba, após o pioneiro Clube Concórdia, fundado pela colônia alemã em 1868. (Luiz Renato Ribas)."
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Excelente matéria. O turfe faz parte da história de Curitiba