230521 -21:35 horas
Declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas três instâncias e não governamentais. Além do prevenir infecção nas áreas de produção de carnes, o recurso sanitário preserva a saúde dos consumidores brasileiros e os recursos naturais da fauna.
No Diário Oficial da União encontram-se as oreientações à população. Uma das principais é que as pessoas não recoilham aves que encontrem doentes ou mortas. Em vez de agir assim, pede que seja acionadso o serviço veterinário mais próximo edesta forma impede a propagação do mal.
Informação oficial diz que as aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus
(nome popular trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de
Linhares, Itapemirim e Vitória. Até o momento, são 8 casos confirmados
em aves no País: sete no Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica,
Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim; e 1 no Estado do Rio de Janeiro,
em São João da Barra. Além da espécie Thalasseus acuflavidus, há ainda aves da
Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).
Entende o Ministério que não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial.
A portaria também prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão da realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no ministério.
“A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades”, detalhou a pasta.
Também nesta segunda-feira, a Secretaria de Defesa Agropecuária instalou um Centro de Operações de Emergência para coordenação, planejamento, avaliação e controle das ações nacionais referente à gripe aviária.
“O grupo será responsável pela coordenação das ações de prevenção, vigilância e cuidado com saúde pública, bem como a articulação das informações entre outros ministérios, órgãos, agências estaduais e setor privado”, concluiu o ministério.
Associação diz que só contato com
ave infectada, transmite a doença
Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), explica que a gripe aviária em humanos exige o contato direto com secreções da ave doente, expelida pelos olhos, pela boca, pela urina ou pelas fezes. “Por isso, é muito raro que as pessoas peguem. Mas é preciso evitar qualquer exposição exatamente para minimizar os riscos.”
“O que as pessoas têm que fazer? Se você vir uma ave doente, cambaleante, com sinais nervosos, caminhar [de modo] diferente, ou meio tonta, não pegue, chame o serviço veterinário, o auditor fiscal federal agropecuário”, disse. Aos produtores, cabe reportar, triplicar as medidas de segurança, não deixar entrar na granja, revisar os selamentos e, acima de tudo, ter roupas e calçados exclusivos para entrar nos aviários e trazer proteção aos animais.
Casos confirmados em aves silvestres no Brasil acendem um sinal de alerta entre produtores industriais no País. A avaliação é do Presidente da ABPA. “O Brasil era o único grande produtor onde [a gripe] não tinha chegado. Agora chegou no nosso território, e a gente tem condição de mantê-la longe da produção para que isso não tire comida da mesa do nosso consumidor.”
Até o momento, 7 casos foram confirmados no Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim; e um no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. Além da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular trinta-réis-de-bando), há ainda aves Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).
Santin lembrou (no programa Revista Brasil, da Rádio Nacional) que os casos em humanos são raros – cerca de 800 ao longo de toda a história, a maioria na Ásia, onde os produtores comumente criam as aves dentro de casa. “É como uma gripe normal. As pessoas, para se infectarem, têm que estar com imunidade baixa e ficar muito expostas ao vírus. Então, se você simplesmente passa perto, não tem problema.”
“A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades."
Fonte: Ministério da Agricultura e Agência Brasil
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