Terçol e calázio, são as doenças
decorrentes do ar seco de outono,
quando aumenta a síndrome do olho seco.
Mal começou o outono, já dá para sentir nos olhos a diminuição da umidade do ar e a maior concentração da poluição típica na estação.
De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas, a primeira reação dos olhos a estas alterações climáticas, é o ressecamento da lágrima que atinge 12% da população, na proporção de 3 mulheres para cada homem.
A mulher tem mais olho seco porque a menopausa reduz a produção dos estrogênios e da parte oleosa da lágrima que impede a evaporação da camada aquosa. Outros grupos de risco são os usuários de lente de contato e quem passa muitas horas no computador.
Oftalmologista explica que a lágrima é responsável pela proteção, oxigenação, umedecimento, limpeza da superfície ocular e manutenção de transparência da córnea, lente externa essencial à boa visão. Por isso, manter os olhos lubrificados evita cicatrizes e é essencial para enxergar bem.
Nesta época do ano, é comum pacientes com olho seco chegarem ao consultório acreditando que precisam trocar os óculos de grau. Isso porque, a falta de lágrima deixa a visão embaçada, como o vidro de um relógio riscado.
Sintomas
Outros sintomas do olho seco elencado pelo oftalmologista são: coceira, queimação,
lacrimejamento excessivo, sensibilidade á luz, fadiga visual no celular
ou computador, olhos vermelhos e irritados que podem melhorar
com o piscar. "A fadiga visual é causada pela redução de 30
para 9 piscadas/minuto diante das telas e pelo stress
oxidativo originado pela luz azul que os dispositivos emitem."
Diagnóstico e tratamentos
Queiroz Neto ressalta que no consultório o diagnóstico do olho seco é totalmente automatizado. As imagens do filme lacrimal permitem ao paciente visualizar a recuperação da lágrima e por isso incentivam a adesão ao tratamento. Em 70% dos casos, o olho seco é causado por uma deficiência da camada gordurosa da lágrima.
"O tratamento depende do tipo e estágio da alteração. Pode ser feito com uso de colírio lubrificante que varia de acordo com a deficiência diagnosticada, oclusão de pontos lacrimais e aplicação de luz pulsada que requer no mínimo três sessões de luz pulsada ao redor dos olhos para estimular a produção da lágrima." Em 80% dos casos elimina por completo o problema.
Prevenção
Para prevenir o olho seco o oftalmologista indica a inclusão na dieta, de nozes e peixes gordos como bacalhau, salmão e sardinha. Para estabelecer um programa de prevenção contínuo, recomenda a suplementação com ômega 3 encontrado na cápsulas de semente de linhaça que também protege a retina da ação de radicais livres que acarretam a degeneração.
Terçol e calázio
Queiroz Neto ressalta que no Brasil o outono é marcado por calor durante o dia que facilita a formação de uma bolinha dolorida na pálpebra. E o hordéolo, popularmente conhecido como terçol, uma inflamação na pálpebra superior ou inferior de duas glândulas, Zeiss e Moll, que provoca dor e vermelhidão.
"O terçol é mais frequente entre adolescentes que têm acne e pele oleosa, em pessoas com blefarite - inflamação crônica das pálpebras e mulheres que usam maquiagem de baixa qualidade, vencidas ou não retiram completamente o make antes de ir dormir.
Tratamento
Queiroz Neto ensina, ao primeiro sinal de terçol ou calázio, aplicar no olho
quatro vezes ao dia, compressas mornas durante 15 minutos, feitas
com gaze e soro fisiológico. Geralmente o terçol desaparece
espontaneamente. Caso não desapareça é hora de consultar um
oftalmologista para indicação de um colírio antibiótico. O calázio pode
necessitar de cirurgia porque forma um granuloma e pode atrapalhar a visão.
Prevenção
As principais recomendações do médico para evitar doenças nas pálpebras são:
· Lave as pálpebras e base dos cílios com xampu infantil de PH neutro.
· Retire toda a maquiagem dos olhos antes de dormir.
· Evite maquiar a borda interna das pálpebras.
· Descarte as maquiagens vencidas.
· Não compartilhe maquiagem e outros cosméticos
· Faça um exame de refração em caso de recidivas de calázio.
Fonte: Instituto Penido Burnier SP - Eutrópia Turazzi
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